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Quebec proíbe álcool e maconha aos não vacinados – e estuda imposto

A província canadense de Quebec, a segunda mais populosa do país, dificulta a vida de quem ainda não tomou vacina contra a covid-19. Esta semana foi anunciado que o governo estuda a cobrança de uma “contribuição de saúde” para os recalcitrantes. Outra medida de contenção anunciada pelo ministro da Saúde local, Christian Dubé, foi a determinação de que só os imunizados poderão comprar bebidas alcoólicas ou maconha. A restrição só começa a valer na próxima terça-feira (18), mas, os agendamentos diários para receber a primeira dose saltou de 1.500 para 6.000, um aumento de 300%. Os canadenses de todas as idades ainda não vacinados somam 6,49 milhões (17%). Há 29,57 milhões de totalmente imunizados (77,68%).

As medidas devem estimular o debate sobre direitos individuais e responsabilidade social. O primeiro-ministro canadense, François Legault, afirmou nesta terça-feira (11) que o novo imposto não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas. A lógica por trás da cobrança é que os não imunizados podem espalhar a doença mais facilmente, comprometendo o sistema de saúde, que é financiado com dinheiro público. A variante ômicron dificulta contenção da doença e especialistas alertam para a importância de se vacinar com duas ou três doses. Sobre restringir o consumo de álcool e maconha, é meramente um obstáculo para forçar os teimosos.

O Ministério das Finanças da província tenta aprovar um valor que não seria inferior a 100 dólares canadenses (US$ 79,5). Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser um medida rara e controversa.

Embora a cobrança possa ser justificada no contexto de emergência de saúde, vencer contestações judiciais dependerá dos detalhes, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill. Ela manifestou surpresa com o fato de o governo dar um passo tão “dramático” agora, quando ainda restam opções para expandir a obrigatoriedade de vacinas.

(Agência Brasil)

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