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Morre Olavo de Carvalho, o agressivo guru bolsonarista. Filha diz que foi covid

O escritor, palestrante, ex-astrólogo e ensaísta autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho morreu nessa segunda-feira (24), aos 74 anos, nos Estados Unidos, onde vivia. A informação foi dada pela família nas redes sociais do escritor. 

Natural de Campinas, São Paulo, em 29 de abril de 1947. Segundo filho do advogado Luiz Gonzaga de Carvalho com Nicéa Pimentel de Carvalho, deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos. A causa da morte não foi divulgada. Fumante compulsivo, recentemente Olavo esteve internado no Brasil com problemas cardíacos. Ele também era portador da Doença de Lyme, infecção transmitida por carrapato que causa irritações na pele e sintomas semelhantes aos da gripe, mas que em casos graves pode levar à paralisia da face, dores nas articulações, rigidez do pescoço, enxaquecas e papitações, podendo levar à morte.

Sua filha, Heloísa de Carvalho, com quem era rompido, afirmou que o pai morreu de covid. Ele teria sido diagnoticado com o sintomas do vírus entre 16 e 17 de janeiro, porém não houve confirmação por parte dos familiares nos Estados Unidos. Ela escreveu: “Não tem como eu sentir grande tristeza, mas também não estou feliz”.

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte do escritor, decretando luto oficial e chamando-o de “gigante” e “farol para milhões de brasileiros”. Ainda que nos últimos tempos demonstrasse andar desgostoso com o presidente, foi Carvalho quem ajudou a pavimentar parte do bolsonarismo entre alguns setores. Sua defesa de um tipo de conservadorismo reacionário e virulento com os oponentes caiu perfeitamente para o mundo das redes sociais. Olavo de Carvalho falava daquilo Bolsonaro já queria fazer, em um casamento perfeito de intenções que perto do final viraram críticas por parte do ideólogo – e jamais rebatidas pelo presidente.

Tanto que o guru influenciou na escolha do cúpula do governo, com os ex-ministros da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, uma sugestão pessoal, e Abraham Weintraub. Além do ex-chanceler Ernesto Araújo, que pouco antes da eleição presidencial de 2018 se revelou com artigos de extrema-direita em defesa do Ocidente cristão e contra um certo “globalismo” de esquerda.

Apesar de contar com a simpatia e apoio dos filhos do presidente, Carlos e Eduardo, o olavismo dentro do governo perdeu espaço já no início, em 2019, quando cresceram os embates com a área militar. Logo depois houve cobranças por mais espaço político por parte dos partidos aliados, seguido de um esvaziamento.

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