Uma nota publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, por pouco não colocou um ponto final no governo Michel Temer (MDB) no início da noite do dia 17 de maio de 2017. O texto relatava que o presidente havia sido gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, dando aval para continuar comprando o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba (PR). A bomba causou pânico no Palácio do Planalto e colocou uma interrogação sobre o futuro do governo. O jornalista Bruno Boghossian, na edição desta quinta-feira (17) da Folha de S. Paulo, lembra que os ministros de Temer ensaiaram uma demissão em massa e a base de apoio no Congresso ameaçou ruir. Temer ganhou tempo pedindo que a gravação viesse à tona e, ampliando os poderes aos aliados, conseguiu recompor a base e sobreviver até aqui.