O preço foi impulsionado pela decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de dois territórios separatistas na região de Donbass
O preço do petróleo, que subiu mais de 20% este ano devido à demanda crescente, disparou nesta terça-feira (22), impulsionado pela decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de dois territórios separatistas na Ucrânia. Como consequência, o barril se aproxima dos US$ 100 pela primeira vez desde 2014. Países europeus preparam uma série de sanções aos russos.
Às 10h10 GMT (7h10 de Brasília), o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril subiu 3,77%, a US$ 98,97, após ser negociado alguns minutos antes a US$ 99,50. O barril West Texas Intermediate (WTI) para março negociado em Nova York subia 4,86%, a US$ 95,50.
Sanção
Em revide, a Alemanha anunciou nesta terça-feira a suspensão das obras de um gasoduto que levaria gás da Rússia diretamente ao país. É a primeira resposta concreta an atingir os bolsos da Rússia. O Reino Unido também anunciou o congelamento de ativos de bancos russos em seu território.
Na Rússia, o MOEX, o principal índice bolsista da Rússia, que acompanha as cotações das 50 maiores empresas russas, perdeu 17% desde o início da semana. Nesta terça-feira, chegou a afundar quase 8% para recuperar e valorizar 2% no meio da tarde (horário de Moscou). As ações da Gazprom, a estatal russa responsável pela produção de gás natural, entretanto, disparavam 9%.