A empresa tenta desenvolver até 2035 uma aeronave de passageiros que use combustível de baixa emissão. Testes no A380 começam em 2026
A Airbus informou na terça-feira (22) que planeja testar um motor movido a hidrogênio em um A380 modificado até meados da década, na esperança de oferecer combustíveis de emissões mais baixas para viagens me linhas aéreas. A gigante aeronáutica europeia estar trabalhando com a fabricante de motores CFM International – uma joint venture do braço de aviação da General Electric e da francesa Safran. O avião de teste usará uma versão modificada de um motor já em uso. Os voos podem começar em 2026, segundo a Airbus. com o motor experimental instalado na traseira superior da fuselagem, perto do estabilizador vertical (imagem), a fim de não sofrer interferência dos quatro motores convencionais do jato.
ESG nas alturas
Fabricantes de aeronaves e companhias aéreas estão lutando para reduzir suas emissões de carbono, que representam mais de 2% do total mundial. A Airbus buscou excessivamente o hidrogênio e afirmou que está trabalhando em uma aeronave de passageiros movida pelo combustível que espera entrar em serviço em 2035.
A rival Boeing se concentrou em combustíveis fósseis de aviação mais sustentáveis, que atualmente representam menos de 1% do fornecimento do setor e são mais caros que os convencionais. O CEO da Boeing, Dave Calhoun, manifestou em conferência de investidores, em junho passado que não esperava um avião movido a hidrogênio na “escala de aviões a que nos referimos” antes de 2050. “Vai funcionar para alguns pacotes muito pequenos”, informou ele.
Um grande desafio no uso do combustível de hidrogênio é que armazená-lo exigiria equipamentos adicionais que adicionam peso à aeronave, reduzindo a quantidade de passageiros e de carga que um avião pode transportar, prevê Richard Aboulafia, diretor administrativo da Aerodynamic Advisory, uma consultoria de aviação. “O hidrogênio é o que acontece quando engenheiros e economistas não conversam entre si”, completou.
A Airbus informou que selecionou seu A380, o maior avião de passageiros do mundo, por oferecer espaço de sobra para armazenar os tanques de hidrogênio líquido e outros equipamentos.