Para tanto, Paulo Guedes diz ser necessário manter a agenda de reformas, incluindo o marco de garantias de crédito
O Ministério da Economia avaliou, em nota divulgada nesta sexta-feira (4), que o Brasil precisa mostrar ser um “porto seguro” para investimentos privados, ao comentar a invasão da Ucrânia pela Rússia. “Deve-se monitorar a evolução do cenário internacional em virtude do conflito no Leste Europeu. Cabe ao Brasil, além dos posicionamentos diplomáticos e humanitários, mostrar que é um porto seguro para os investimentos privados”, diz o texto, mencionando que em três ocasiões recentes o país se posicionou na ONU condenando a invasão da Ucrânia e que emitirá vistos especiais aos refugiados.
Para isso, a pasta de Paulo Guedes diz ser necessário manter a agenda de reformas. A pasta cita o projeto de lei do Novo Marco de Garantias para crédito, a medida provisória (MP) dos registros públicos e o projeto de debêntures incentivadas. “Seria importante também obter a aprovação legislativa para a privatização dos Correios e realizar a privatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre”, acrescenta. “Por isso a importância do ministro Paulo Guedes ter ido aos Estados Unidos mostrar ao mundo que neste momento o Brasil é um porto seguro para o investimento internacional”, disse o chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
O país
A invasão da Ucrânia levou à uma série de sanções à Rússia por parte do Ocidente, que afetam a economia do país. Por outro lado, essas restrições econômica estão fazendo, por exemplo, o preço do barril de petróleo disparar nos últimos dias.
As considerações foram feitas pelo ministério ao comentar o resultado do PIB de 2021, divulgado pelo IBGE. Para o governo, o dado mostra que o brasileiro se recuperou em “V” ao crescer 4,6% em 2021, após forte tombo no ano anterior. O crescimento em “V” significa que o país recuperou a sua atividade econômica após uma queda forte.
O governo ressalta que a variação do PIB brasileiro acumulado no período de 2020-21 foi maior que a de todos os países do G7, exceto os Estados Unidos.
“Além da pandemia e dos gargalos no fornecimento de algumas cadeias globais de produção que afetaram negativamente o crescimento econômico mundial, o Brasil ainda se defrontou com dois outros choques negativos de oferta: a maior crise hídrica em quase 100 anos e o revés climático que afetou diferentes segmentos do setor agropecuário no terceiro trimestre de 2021”, diz a nota.
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