Por Ben Blanchard e Michael Martina
PEQUIM (Reuters) – A China elogiou nesta segunda-feira o significativa alívio na tensão comercial com os Estados Unidos, com o governo afirmando que o acordo alcançado foi do interesse de ambos os países enquanto a mídia estatal elogiou o que viu como recusa da China em ceder.
A redução da tensão provocou reações mistas de líderes empresariais dos EUA que lidam com a China, com alguns satisfeitos em ver a perspectiva de tarifas desaparecer, enquanto outros afirmaram que será difícil para Washington reconstruir a força para lidar com o que veem como políticas chinesas problemáticas.
Uma guerra comercial ficou “em modo de espera” após as duas maiores economias do mundo terem concordado em retirar suas ameaças de tarifas enquanto trabalham em um acordo comercial mais amplo, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, no domingo.
No dia anterior, Pequim e Washington disseram que continuariam conversando sobre medidas segundo as quais a China importaria mais commodities energéticas e agrícolas dos EUA para reduzir o déficit comercial anual dos EUA em bens e serviços com a China.
Falando em entrevista diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, afirmou que ambos os países reconheceram claramente que chegar a um consenso é bom para todos.
“A China nunca quis nenhuma tensão entre China e EUA, no comércio ou em qualquer outra área”, disse Lu.
Mas a imprensa chinesa também foi rápida em destacar como o país defendeu com sucesso seus interesses.
Mei Xinyu, pesquisador do Ministério do Comércio, escreveu na conta no WeChat da edição internacional do jornal do Partido Comunista Diário do povo que o acordo preservou o direito da China de desenvolver sua economia como considera melhor, incluindo com a elevação da cadeia de valor.