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China reforça medidas após surto recorde de covid

O país registrou 5.280 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número desde a primeira onda da pandemia, no início de 2020

Quase 30 milhões de pessoas foram confinadas na China nesta terça-feira (15), depois que o país registrou a maior onda de covid-19 em dois anos: as autoridades determinaram testes em uma escala que não era observada desde o início da pandemia. O país registrou 5.280 casos nas últimas 24 horas, o maior número desde a primeira onda da pandemia, no início de 2020, de acordo com dados da Comissão Nacional da Saúde (CNS).

A quantidade e a prporção de casos da China são baixos em comparação com outros países ou Hong Kong, mas as autoridades continuam com a estratégia de “covid zero” contra novos surtos. Com a tática, cidades inteiras podem ser confinadas logo após a detecção dos primeiros casos.

Risco nos portos

Autoridades chinesas reforçaram nesta terça as medidas de combate ao novo coronavírus em alguns portos no país, aumentando o risco para o comércio após algumas fábricas de eletrônicos e automóveis terem sido fechadas por causa dos mais recentes lockdowns decretados por Pequim.

Economistas dizem que, por enquanto, fabricantes de smartphones e outras indústrias podem usar instalações e fornecedores em outras partes da China. Mas uma ameaça ainda maior surge se as operações forem interrompidas nos portos de Shenzhen, Xangai e Ningbo. Esses portos ligam as fábricas chinesas que produzem a maioria dos smartphones e computadores do mundo, assim como dispositivos médicos, eletrodomésticos e outros bens, a fornecedores e clientes estrangeiros.

Um fechamento que durou um mês no porto de Yantian, em Shenzhen, no ano passado, causou um acúmulo de contêineres e provocou um choque nas cadeias de suprimentos globais.

Movimentação

De acordo com a Dow Jones, sete hospitais foram obrigados a esvaziar suas enfermarias e concentrar todos os esforços no tratamento de pacientes com sintomas da covid-19. A província também está construindo cinco instalações de tratamento improvisadas para abrigar e observar casos assintomáticos, elevando a contagem de leitos disponíveis para quase 30.000, conforme dados fornecidos pelo governo provincial de Jilin.

As medidas implementadas em toda a China variam de região para região, dependendo do tamanho do surto e das condições locais, como densidade populacional e recursos disponíveis para as autoridades.

Segundo a Associated Press, os preços das ações na China e em Hong Kong caíram pelo segundo dia após o fechamento na segunda-feira de Shenzhen, um centro de tecnologia e finanças adjacente a Hong Kong, no sul, e Changchun, um centro automotivo no nordeste. O serviço de ônibus para Xangai, capital de negócios e maior cidade da China, foi suspenso.

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