Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios
Europa quer tarifa de fronteira para carbono
Os países da União Europeia (UE) apoiaram nesta terça-feira (15) o projeto inédito de imposição de uma tarifa de importação para produtos fruto de pesadas emissões de dióxido de carbono. Embora os detalhes mais precisos precisem ser trabalhados nas próximas negociações, a UE quer introduzir custos de emissão de CO₂ a partir de 2026 nas importações de aço, cimento, fertilizantes, alumínio e eletricidade – uma medida destinada a proteger a indústria do bloco de produtos mais baratos fabricados em países com regras ambientais frouxas. Uma fase de transição de três anos para a taxa começaria em 2023, portanto os países e o Parlamento Europeu estão correndo para negociar e aprovar as regras este ano.
Empresas chinesas falsificam dados de emissões
O ministério do meio ambiente da China criticou empresas por falsificarem dados de emissões de carbono, enquanto o país se prepara para expandir seu comércio de créditos de compensação para os setores industriais. As evidências foram publicadas na segunda-feira (14) e seguem uma campanha lançada pelo governo em outubro para verificar a precisão dos relatórios sobre emissões de gases de efeito estufa – a China é o maior emissor, já que boa parte de sua matriz energética é baseada em carvão mineral. “Dados precisos e confiáveis são a salvação para a operação eficaz e padronizada do mercado de comércio de emissões de carbono”, comunicou a pasta.
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BNDES compra seus primeiros créditos de créditos de carbono
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma operação-piloto para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono. Nesse primeiro momento para a aquisição de títulos predominantemente de origem REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), Reflorestamento e Energia. Com a iniciativa, o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado voluntário para comercialização desses títulos, além de chancelar padrões de qualidade para a condução de projetos de descarbonização da economia a partir de 2022.
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UE quer 33% dos postos em conselhos para mulheres
A União Europeia (UE) concordou em exigir que as empresas tomem medidas para garantir que pelo menos 1/3 dos cargos de diretoria sejam ocupados por mulheres até 2027, já que o bloco busca melhorar o equilíbrio de gênero em cargos de liderança nas empresas listadas. Os estados membros apoiaram na segunda-feira (14) uma abordagem ampla para buscar um legislação e iniciar negociações com o Parlamento Europeu. Também foi estabelecida uma meta mínima de 40% de cargos de gestão não executiva para mulheres dentro de cinco anos – ou 33%, se todos os membros do conselho forem considerados.