O ICE 2022 mostra o desempenho dos 101 municípios mais populosos e faz um raio-X do ambiente de negócios no país
São Paulo foi eleita a principal cidade para empreender no Brasil, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2022, estudo criado pela Endeavor e produzido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Florianópolis e Curitiba vieram a seguir no ranking. O levantamento tendo como base dados de 2021 é o principal raio-x do ambiente de negócios brasileiro.
Já Belo Horizonte, Joinville, Cuiabá e Curitiba melhoraram o desempenho em 2021 e passaram a integrar o top 10 da lista. No entanto, Rio de Janeiro, Brasília, São Bernardo do Campo e Jundiaí deixaram as dez primeiras posições, segundo o novo índice que mostra o desempenho dos 101 municípios mais populosos do país.
A publicação está em sua sexta edição e desta vez foi possível fazer uma comparação mais ampla com o estudo anterior, porque nesses dois relatórios os indicadores de empreendedorismo e os municípios analisados foram expandidos e padronizados.
Os pesquisadores medem sete fatores determinantes para definir a posição no ranking:
- ambiente regulatório
- infraestrutura
- mercado
- capital financeiro
- inovação
- capital humano
- cultura empreendedora.
Capital humano
Maior e mais rica cidade do país, São Paulo é campeã em quase todas as áreas, mas decai quando o assunto é capital humano. Nesse ponto, a cidade com o maior (Produto Interno Bruto (PIB, está na 57.ª posição, uma sinalização, segundo os pesquisadores, de que a capital precisa melhorar o desempenho educacional de seus moradores.
Em relação à infraestrutura de transporte e condições urbanas, os municípios de São Paulo são os mais bem posicionados e praticamente dominam o ranking. Isso foi observado no relatório anterior. Brasília, Porto Alegre, Rio Branco e Florianópolis subiram de posição. Essa área está relacionada à boa conectividade por rodovias, menores distâncias de portos e maior número de decolagens de avião por ano. É o caso também de amplo acesso à internet rápida, bom preço médio de imóveis por metro quadrado, custo de energia elétrica satisfatório e baixa taxa de homicídios (já que estudos mostram que o comércio é o principal grupo afetado pela violência e criminalidade).