Funcionária fantasma e o atual presidente podem responder por improbidade administrativa e desvio de recursos
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por abrigar em seu gabinete como secretária parlamentar Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí (entre Carlos e Jair Bolsonaro). Ela esteve lotada na Câmara dos Deputados por mais de 15 anos, mas nunca viajou para Brasília e nem exerceu qualquer função relacionada ao cargo. Nesse período, Wal do Açaí e seu companheiro, Edenilson Nogueira Garcia (no canto direito da imagem), prestavam serviços particulares para Bolsonaro em uma casa na Vila Histórica de Mambucaba (RJ), entre Angra dos Reis e Parati, no litoral do estado do Rio. Wal era uma funcionária fantasma.
O MPF pede que Walderice Santos da Conceição e o presidente sejam condenados pela prática de improbidade e requer o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados. A ação foi enviada à 6ª Vara Federal do DF. Segundo o MPF, os atos de improbidade praticados antes da posse como presidente da República não estão abrangidos pela imunidade. A análise das contas bancárias de Wal do Açaí revelou que 83,77% da remuneração recebida no período foi sacada em espécie. Não se sabe se o dinheiro foi destinado à funcionária.
O que MONEY REPORT publicou