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Só 35% das crianças de 5 a 11 anos tomaram a primeira dose no RJ

Segunda dose foi aplicada em 79 mil crianças, contemplando apenas 5% do público

Apenas 35% das crianças de 5 a 11 anos no estado do Rio de Janeiro receberam a primeira dose da vacina contra a covid. De um total estimado em 1,5 milhão de crianças, apenas 526,2 mil receberam a imunização. A segunda dose só foi aplicada até o momento em 78,9 mil crianças nessa faixa etária, o que equivale a 5% do total.

Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, a adesão no estado chega a 86% (1,1 milhão) com a primeira dose e 63% (833,2 mil) com a segunda. Os dados estão disponíveis nos painéis da Secretaria de Estado de Saúde. A pasta foi procurada para se manifestar sobre a baixa adesão à vacinação infantil, mas não se posicionou nem informou estratégias para aumentar a cobertura.

Na capital, faltam 26% do grupo de 5 a 11 anos tomarem a primeira dose, um total de 147,2 mil crianças, segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde. Para ampliar a adesão à vacina, foi feita uma campanha de busca ativa nas escolas, com vacinação nas unidades de ensino municipais durante as aulas, mediante autorização dos pais.

A cobertura na cidade da população total acima de 5 anos está em 98% com a primeira dose e 91% com a segunda ou dose única. No estado, a cobertura com o esquema completo para o público que integra a campanha está em 73%.

O grupo de 5 a 11 anos foi incluído no Plano Nacional de Imunizações (PNI) no dia 5 de janeiro deste ano, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer pediátrica em 16 de dezembro.

As primeiras doses chegaram ao Brasil em 13 de janeiro e, no Rio de Janeiro, a aplicação começou no dia 17 de janeiro. O uso infantil da CoronaVac, fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo, foi aprovado pela Anvisa para a faixa entre 6 e 17 anos no dia 20 de janeiro.

Fake News

Esse mês, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre o desafio e a importância da vacinação infantil contra a covid para conter a pandemia. A nota técnica atribui às fake news a responsabilidade por causar insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos.

Instituições de pesquisa como o Butantan e diversos cientistas brasileiros e de outros países já atestaram a segurança e eficácia da vacina contra a covid para o público infantil. Segundo a Fiocruz, os principais motivos para a hesitação em vacinar os filhos são o medo de reações adversas e a minimização da gravidade da doença em crianças.

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