Presidente Gitanas Nauseda pediu que outros membros do bloco façam o mesmo. Estônia e Letônia optaram por sançãotemporário
A Lituânia se tornou o primeiro país da UE a cortar completamente o fornecimento de gás russo, com os outros dois estados bálticos também interrompendo temporariamente seu fluxo em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou. O governo da Lituânia afirmou que cortou totalmente as importações de gás da Rússia, passando a consumir gás natural liquefeito extraído que desembarca em seu terminal, o Independence.
Em 2015, quase 100% do gás consumido pela Lituânia vinha da Rússia, mas a situação mudou drasticamente nos últimos anos após o país ter construído um terminal offshore de importação de gás natural liquefeito (GNL) na cidade portuária de Klaipeda.
“A partir de agora, na Lituânia não consumirá um centímetro cúbico de gás russo tóxico. A Lituânia é o primeiro país da UE a recusar a importação de gás russo”, escreveu Ingrida Simonyte, primeira-ministra da Lituânia.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu que outros países europeus façam o mesmo.
Independência
Autoridades lituanas comentaram que a independência energética é o último passo para cortar os laços com Moscou. Eles restabeleceram sua independência formal em 1990, aderiram à UE e à Otan em 2004 e abriram seu próprio terminal de GNL no porto de Klaipeda em 2014.
O gás russo parou de fluir para a Estônia e a Letônia também no início do mês, informou o chefe da Conexus Baltic Grid, uma operadora letã de armazenamento. Os demais países bálticos também estão tentando se livrar de outras fontes de energia russa e pretendem sincronizar suas redes elétricas com o resto da Europa, abandonando Moscou e Bielorrússia até 2025.
Os operadores de rede da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia se comprometeram na semana passada a ajudar os países bálticos se a Rússia de repente parasse de exportar eletricidade para eles. “Em tal cenário, será necessário o suporte de frequência do sistema nórdico”, disseram as quatro operadoras em comunicado conjunto.
Outros países europeus estão correndo para acabar com sua dependência do petróleo russo. A Alemanha disse que pretende ser “virtualmente independente” do petróleo russo até o final deste ano e do gás até meados de 2024. Os líderes da UE decidiram no mês passado comprar gás natural em conjunto de outras fontes.
O que MONEY REPORT publicou
- Rússia retomará voos para Brasil e mais 51 países
- Biden promete mais US$ 500 milhões em ajuda à Ucrânia
- Bolsa de Moscou retoma negociações
- Kasparov debate conflito Rússia-Ucrânia em live do Itaú
- China vai enviar mais ¥ 10 milhões à Ucrânia
- Artistas russos pegos no fogo cruzado do cancelamento cultural
- EUA colocam 100 aviões russos em lista negra
- Rússia à beira do primeiro calote desde 1917
- Franquias e hotéis têm dificuldades para deixar a Rússia
- UE aprova nova rodada de sanções à Rússia
- Reunião entre ministros da Rússia e Ucrânia termina sem acordo
- Coca-Cola vai fechar escritórios em Moscou
- McDonald’s fechará 850 lojas na Rússia
- Presidente americano suspende importação de petróleo da Rússia
- Shell não irá comprar mais petróleo e gás da Rússia
- Petróleo, trigo e níquel em alta por temores com a Ucrânia
- Rublo desvalorizou 40% em 2021
- Russos adotam sistema de cartão chinês para driblar sanções
- Como o Brasil vai ficar menos dependente da fertilizantes importados
- Brasil deveria reduzir importações da Rússia, sugerem leitores
- Aeroflot suspende voos para o exterior
- Rússia quer suspender exportação de fertilizantes
- Governo quer mostrar um Brasil seguro para investidores em meio à guerra
- Rússia não deve pagar títulos estrangeiros
- Maior banco da Rússia, Sberbank anuncia saída do mercado europeu
- Visa e Mastercard bloqueiam instituições financeiras russas
- Volvo anuncia suspensão de exportações para a Rússia
- Europa e EUA concordam em tirar bancos russos do Swift
- A invasão da Ucrânia pode interferir no agronegócio brasileiro?