Guedes disse que acreditar que o relator do processo, Aroldo Cedraz, deve entregar o relatório sobre o tema “o mais rápido possível”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (11) durante evento, que a privatização da Eletrobras está na reta final e deve ocorrer em “2, 3 ou 4 semanas”. Apesar de ainda depender do aval do Tribunal de Contas da União (TCU), Guedes informou que acreditar que o relator do processo, Aroldo Cedraz, deve entregar o relatório sobre o tema “o mais rápido possível”.
“O TCU trabalhou conosco por 2 anos em todos os problemas que poderiam existir. Todo o futuro da energia brasileira depende disso”, completou o ministro.
Vantagens da desestatização
Segundo Paulo Guedes, a privatização da Eletrobras é um passo fundamental para garantir a segurança energética do Brasil a longo prazo, bem como investimentos em energia limpa. Para ele, enquanto a pandemia exigiu a adaptação do governo à cultura digital, a guerra entre Rússia e Ucrânia força o país a buscar soluções para produzir energia limpa e mais barata. “A guerra nos acelerou para a transição energética. A ideia de segurança, de risco geopolítico é uma constante em nossas vidas. Uma realidade agora”, afirmou.
O governo argumenta que a privatização trará recursos necessários para que o país continue investindo em áreas estratégicas, como a energia nuclear, mas também na recuperação de bacias hidrográficas.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, reforçou o interesse na privatização da Eletrobras ainda neste ano para evitar, segundo ele, que as eleições prejudiquem o “alinhamento político” favorável à desestatização da companhia. “O alinhamento de janelas está disponível e viável para a transição. Ano que vem, será difícil dizer se o alinhamento ainda será esse”, afirmou.