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Brasil defenderá Rússia diante de FMI, Brics e G20

Suspender relações com Moscou não seria uma solução, afirma secretário. Brasil defende Swift modernizado

O governo brasileiro adotará uma postura em defesa dos interesses financeiros da Rússia diante de organismos grupos internacionais, como G20, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Brics – bloco composto pelos emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A declaração foi do secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes (imagem), nesta quinta-feira (14). Segundo ele, o Brasil “preservará pontes financeiras”.

Mesmo com a invasão russa da Ucrânia, o secretário defende que suspender relações internacionais com Moscou não seria uma solução. Recentemente, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, em carta endereçada ao ministro Paulo Guedes, pediu apoio do Brasil diante das sanções sofridas com o ataque ao país vizinho. O boicote dos sistemas financeiros globais soma quase a metade das reservas russas, avaliadas em US$ 606,5 bilhões neste mês.

Há uma justificativa pragmática. O Brasil importa da Rússia 23% dos fertilizantes que consome em suas plantações. Um fechamento desse mercado reprensetaria perdas para o agro. O volume supera em quase 70% o total de importações do 2º maior fornecedor do produto: a China.

Brics

Todavia, por meio do secretário o governo brasileiro se posicionou contra a proposta da Rússia em constituir um sistema de pagamentos específico para o Brics. A sugestão foi apresentada há algumas semanas por Siluanov. “Este não é um tema de trabalho, não está na agenda do Brasil”, disse Gomes.

De acordo com Erivaldo Alfredo Gomes, o Brasil defende um sistema mais ágil que a plataforma Swift, usada há cerca de 40 anos, permitindo a compensação de transações internacionais no mesmo dia. Tal iniciativa deveria ser discutida de forma global, sem ficar restrita a um grupo de países.

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