SÃO PAULO (Reuters) – A confiança da construção brasileira avanço em maio para o maior nível desde janeiro diante de maior otimismo para os próximos meses, embora confirme que a melhora da atividade é lenta, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou alta de 0,4 ponto no mês e atingiu 82,4 pontos na comparação com abril.
“Se por um lado, as expectativas mostram que o empresário continua acreditando na alta da demanda para os próximos meses, o ritmo de crescimento indica que a volta do setor ao patamar anterior à crise não ocorrerá no curto/médio prazo”, avaliou em nota a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
“Após três meses seguidos de alta, a percepção empresarial em relação à situação atual dos negócios teve piora. Esta movimentação não significa uma mudança de tendência, mas uma confirmação de que a melhora da atividade está sendo muito lenta.”
Em maio, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 2,1 pontos, para 94,8 pontos, nível mais alto desde janeiro (95,9 pontos), impulsionado pela alta no indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos meses.
Isso compensou o recuo de 1,2 ponto no Índice da Situação Atual (ISA-CST), para 70,5 pontos, retornando ao patamar de fevereiro, impactado pelo indicador que avalia a situação atual dos negócios.
A FGV informou ainda em nota separada que o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) subiu em maio 0,30 por cento, contra 0,28 por cento no mês anterior.
O resultado da confiança da construção vai no sentido contrário às do consumidor e do comércio. Enquanto a primeira caiu para o menor patamar em sete meses, a segunda recuou em maio pelo segundo mês seguido.
(Por Taís Haupt)