Sem mortes de criança ou adolescente por vacina contra covid no Brasil
O último boletim epidemiológico sobre covid-19 do Ministério da Saúde, publicado em 26 de abril, informou que nenhuma criança ou adolescente (de 5 a 18 anos) morreu em decorrência de efeito adverso da vacina. O ministério investigou 38 óbitos notificados por governos estaduais e municipais. Em junho de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a primeira vacina para adolescentes a partir dos 12 anos. Já a vacina para os mais novos, de 5 e 11 anos, foi aprovada em dezembro, mas a aplicação começou apenas em 2022. O relatório, divulgado inicialmente pelo UOL nesta manhã, aponta que foram registrados 3.463 casos de evento adverso pós-vacinação (EAPV) na faixa etária de 5 a menores de 18 anos. Destes, 3.044 (87,9%) foram eventos adversos não-graves (EANG) e 419 (12,1%) eventos adversos graves (EAG), com 38 (1,1%) casos resultando em mortes não relacionadas com os imunizantes.
O que MONEY REPORT publicou:
- 77% da população concorda com exigência de vacinação em escolas
- Fim da pandemia e tecnologia trazem nova era para o marketing
- Fundo que salvou empreendedores na pandemia quer ser longevo
- Pequim teme lockdown com o crescimento da covid
- Economia de Xangai desacelera
- Parques de Orlando estão lotados; EUA vivem pós-pandemia
- Novo surto de ebola atinge a República Democrática do Congo
- Rosa Weber arquiva inquérito contra Bolsonaro no caso Covaxin
Fiocruz vê cenário favorável
A nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta sexta-feira (29), aponta para a manutenção da tendência de queda dos três principais indicadores da pandemia de covid-19: casos, internações e óbitos. Os cientistas responsáveis pela publicação, no entanto, alertam que a pandemia não acabou e os riscos continuam presentes. Eles recomendam uma combinação de medidas protetivas nas regiões com menor cobertura vacinal. A publicação, que está disponível no portal da Fiocruz, traz dados referentes ao período de 10 a 23 de abril. Nas duas semanas, foi registrada a média de 14 mil casos diários no país, um decréscimo de 36% em relação às duas semanas anteriores compreendidas entre 27 de março a 9 de abril. Também foram contabilizadas cerca de 100 mortes por dia, valor próximo aos verificados no início da primeira onda epidêmica em abril de 2020. Na comparação com as duas semanas anteriores, houve uma queda de 43% no índice de mortalidade.
Variantes a caminho
Estudo brasileiro publicado na revista Viruses sugere que variantes do SARS-CoV-2 com ainda mais potencial de driblar as defesas imunes da população devem surgir nos próximos meses. O artigo é assinado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), além de cientistas do Hospital Sírio-Libanês. O grupo revisou mais de 150 artigos sobre o novo coronavírus e analisou diversos aspectos do patógeno, como seu potencial de mutação, a capacidade de evasão do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. “A principal conclusão a que chegamos é que não devemos deixar o vírus circular, pois não sabemos como serão as variantes nos próximos meses”, afirma Cristiane Guzzo, professora do ICB-USP e autora principal do artigo.
Painel Coronavírus – Brasil
Vacinados
Primeira dose: 20 milhões no Brasil (9,37% da população)
Segunda dose: 163,82 milhões no Brasil (76,8% da população)
Doses de reforço: 76,1 milhões no Brasil (35,67% da população)
Casos
• 30.433.042 – acumulado
• 13.478 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 29/04 (alta 3,23%)
• 29.507.557 – recuperados
• 262.075 – em acompanhamento
• 14.481,8 – casos acumulados por grupos de 100 mil
Mortes
• 663.410 – óbitos confirmados (acumulado)
• 122 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 29/04 (alta de 31,18%)
• 2,2% – taxa de letalidade
• 315,7 – óbitos por grupos de 100 mil
– Dados atualizados em 29/04
Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins