Pesquisa com 1.640 empresas em 62 países mostra uma crescente demanda por supervisão dedicada
A quantidade de empresas nomeando diretores de sustentabilidade (CSO) triplicou em 2021 em relação ao ano anterior, mostrou um estudo da consultoria PwC na quarta-feira (4), embora menos de um terço deles ocuparem um cargo executivo. Os resultados de uma pesquisa com 1.640 empresas em 62 países mostram a crescente demanda por supervisão dedicada em salas de reuniões corporativas, à medida que as empresas enfrentam um número crescente de desafios ambientais, sociais e de governança (ESG).
“Ter um CSO sentado no conselho executivo ou se reportar diretamente ao CEO ou a outro membro do conselho ajuda a educar e aprimorar a equipe executiva sobre questões ESG em evolução”, conta a PwC.
Relatório
Confira alguns detalhes do estudo:
- O número de CSOs que ocupam um cargo de nível executivo, ao lado de membros do conselho, como o executivo-chefe ou o diretor financeiro, atingiu 28% em 2021, mais do que triplicando em relação aos 9% em 2016, mostrou.
- As empresas norte-americanas e europeias foram mais propensas a nomear CSOs no primeiro ou segundo nível de gestão – 48% e 35%, respectivamente. Aqueles no Oriente Médio e Ásia-Pacífico ficaram em último lugar, com apenas 14% nomeando em um nível mais alto de antiguidade.
- Apesar de mais empresas procurarem nomear CSOs em um nível de gerenciamento mais alto, cerca de metade de todos os CSOs estão dois ou mais níveis abaixo do nível C-suite, segundo o relatório.
O estudo também analisou o grau em que as empresas com um CSO são pontuadas em questões ESG pelo provedor de dados externo Refinitiv e descobriu que 98% das empresas com uma classificação superior tinham um executivo com pelo menos alguma responsabilidade de sustentabilidade. “Ter um CSO no conselho envia um forte sinal para investidores, clientes e funcionários de que a sustentabilidade é uma consideração fundamental no planejamento estratégico e operacional”, conta Carl Sizer, líder de ESG da PwC UK.