Número real de mortes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quinta-feira (5) um relatório com novas estimativas sobre as mortes causadas pela pandemia de covid-19. Segundo o documento, 14,9 milhões de pessoas morreram em decorrência da circulação do SARS-Cov2. O relatório usa o conceito de mortes em excesso para calcular o número de pessoas que perderam a vida direta ou indiretamente como consequência da emergência sanitária. O número é quase três vezes maior que os dados oficiais divulgados pelos países, 5,4 milhões entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021. Isso é explicado principalmente pela inclusão das mortes indiretamente causadas pela covid-19. A projeção leva em conta, por exemplo, o óbito de pacientes que tiveram tratamento médico recusado em momentos que os hospitais estavam superlotados. Outro ponto é a observação da elevação da média de óbitos.
O que MONEY REPORT publicou:
- Brasil registra primeiros casos da ômicron XQ
- Anvisa aprova uso emergencial de medicamento para covid-19
- CPI da Prevent entrega relatório final ao MPT em SP
Proteção da força de trabalho da enfermagem
À medida que os casos de covid-19 e as hospitalizações pela doença voltam a aumentar nas Américas – aumento de 12,7% desde a semana passada –, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu aos países que aumentem urgentemente os investimentos para desenvolver e reter a força de trabalho da enfermagem. “Em todas as Américas, os profissionais de enfermagem enfrentaram bravamente o peso da pandemia e muitos lutaram contra o esgotamento e as condições de saúde mental”, com alguns saindo da área e outros deixando trocando de trabalho, disse a diretora na quarta-feira (4).
Escolas de SP suspendem aulas e exigem máscara
As infecções de covid-19 vinham em queda no Brasil, mas o índice de testes positivos em farmácias e laboratórios dá sinais de uma nova alta da circulação do vírus no país. Segundo a Fiocruz e outros especialistas, há risco de novas ondas, mas a chance de agravamento é menor por causa das elevadas taxas de vacinação. Em São Paulo, escolas já registram outra vez grupos de alunos contaminados e voltam a exigir máscaras. Entre os motivos para os novos casos estão o menor uso de máscaras, que deixaram de ser obrigatório na maioria dos locais, e o retorno dos eventos sociais, como festas de aniversário e confraternizações. A Secretaria Municipal de Saúde da cidade de São Paulo registrou 5,6% de aumento de infectados desde terça-feira (3) – considerando um cenário de baixa testagem. Esta elevação também reflete efeitos das aglomerações e deslocamentos nos feriados de Semana Santa e Tiradentes, quando houve um carnaval fora de época na cidade.
Painel Coronavírus
Vacinados
Primeira dose: 19,5 milhões no Brasil (9,14% da população)
Segunda dose: 160,6 milhões no Brasil (75,29% da população)
Doses de reforço: 81,83 milhões no Brasil (38,36% da população)
Casos
• 30.543.908 – acumulado
• 15.838 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 06/05 (alta 17,51%)
• 29.612.822 – recuperados
• 266.995 – em acompanhamento
• 14.535 – casos acumulados por grupos de 100 mil
Mortes
• 664.091 – óbitos confirmados (acumulado)
• 97 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 06/05 (queda de 20,49%%)
• 2,2% – taxa de letalidade
• 315,7 – óbitos por grupos de 100 mil
– Dados atualizados em 06/05
Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins