O Ibovespa fechou em baixa de 1,79% nesta segunda-feira (9), aos 103.250 pontos. O dólar subiu 1,6%, cotado a R$ 5,15 no encerramento, mesmo patamar de 25 de fevereiro e, no período, só abaixo de 15 de março (R$ 5,159). Com isso, os ganhos desde o início do ano foram anulados, com o índice entrando no negativo (-0,64%). As negociações foram guiadas pela aversão aos riscos. Ainda no começo do dia, os dados da balança comercial chinesa indicaram uma forte queda no ritmo das exportações. Os números corroboraram as perspectivas de que o crescimento ainda demorará a engrenar. O país lida com o avanço da ômicron, com Xangai voltando a reforçar as medidas de restrições. Um dos segmentos mais penalizados foi o de tecnologia, respondendo à perspectiva de juros maiores. Isso se refletiu no mercado brasileiro. Os ativos domésticos também seguiram pressionados pelo ambiente negativo no exterior, com os investidores temendo um cenário de desaceleração em meio a um processo de alta de juros em economias desenvolvidas. As bolsas americanas também retrocederam, com o Dow Jones caindo 1,99%, S&P 500 perdendo 3,20% e Nasdaq com queda 4,29%.
As maiores altas foram da JHSF (4,11%) e unitárias do BTG Pactual (3,61%). As baixas, Locaweb (-14,44%) e Petz (-10,88%). Das cinco mais negociadas, quatro apresentaram retração: preferenciais da Petrobras (-2,72%), Vale (-4,10%), preferenciais do Itaú Unibanco (-1,43%), preferenciais do Bradesco (1,49%) e Petrobras (-4,01%). O volume negociado foi de R$ 29,34 bilhões.