Na Suécia, o partido governante também faz uma reunião decisiva sobre um possível pedido de adesão à aliança militar
O governo da Finlândia anunciou neste domingo (15) que se inscreverá para ingressar na Otan, abandonando décadas de neutralidade em tempo de guerra e ignorando as ameaças russas de possível retaliação, enquanto o país nórdico tenta fortalecer sua segurança após o início da guerra na Ucrânia.
A decisão foi anunciada em uma coletiva de imprensa conjunta no domingo com o presidente Sauli Niinistö e a primeira-ministra Sanna Marin, que disse que a medida deve ser ratificada pelo parlamento do país antes de prosseguir.
“Esperamos que o parlamento confirme a decisão de solicitar a adesão à Otan”, disse Marin durante uma entrevista coletiva em Helsinque no domingo. “Durante os próximos dias. Será baseado em um mandato forte, com o Presidente da República. Temos mantido contato próximo com os governos dos Estados membros da Otan e com a própria Otan.”
Sem futuro pacífico
Após o anúncio da inscrição de adesão à Otan, a premiê finlandesa disse que “não pode confiar” que haverá um futuro pacífico na próxima Rússia. De acordo com Marin, a medida é necessária ao país para garantir segurança após a invasão russa da Ucrânia. “Quando olhamos para a Rússia, vemos um tipo de Rússia muito diferente do que vimos há apenas alguns meses”, afirmou a primeira-ministra.
Suécia debate entrada
Enquanto a Finlândia dá os últimos passos para ingressar com seu pedido de entrada na Otan, na Suécia o partido governante faz uma reunião decisiva sobre um possível pedido de adesão à aliança militar. Entre os suecos, o apoio na entrada na Otan subiu para quase 50%, contra 20% de pessoas contrárias. O Partido Social-Democrata da primeira-ministra Magdalena Andersson se reúne ainda hoje para decidir se formação abandona sua histórica postura contrária à adesão. Dentro do partido, algumas vozes criticam uma decisão precipitada.