Fracasso tucano nas pesquisas e brigas partidárias internas forçaram a pausa do ex-governador
O ex-governador João Doria (PSDB) reuniu profissionais da imprensa nesta segunda-feira (13) para anunciar seu retorno à iniciativa privada. Pelo menos por enquanto, já que no anúncio disse que se manteria de “portas abertas”. À reportagem, ele comentou rapidamente que decisão estaria mais para uma “vírgula” do que para um “ponto final” na vida política. Além de cuidar dos negócios, Doria vai se reintegrar ao conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), a partir de 1º de julho. Mesmo sendo fundador do Lide, Doria precisou da fornalização do convite por questões estatutárias, o que foi feito pelo seu ex-secretário da Fazenda, Henrique Meirelles.
Doria saiu da pré-disputa eleitoral à Presidência, mesmo tendo vencido as prévias de seu partido. A causa central foi a forte animosidade criada com os caciques da legenda. Além de não contar com o apoio fora de São Paulo, o ex-governador também não conseguiu avançar nas pesquisas de intenções de voto nos outros estados. Após esta saída de cena, o PSDB avalia se vai se integrar à chapa de Simone Tebet (MDB), deixando de apresentar candidato próprio pela primeira vez desde a redemocratização. Os mais cotados a integrar a chapa são o senador Tasso Jereissatti e o ex-governador gaúcho Eduardo Leite.
O novo conselho do Lide será formado pelo chairman Luiz Fernando Furlan, o jurista, acadêmico e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e João Doria. Ainda há duas vagas em aberto.
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