Segundo especialistas, os criptoativos são considerados, cada vez mais, ativos de alto risco e volatilidade
O Bitcoin (BTC) sofreu forte queda em junho de 2022 e atingiu seu menor patamar em um ano e meio. Em comparação a sua máxima histórica de US$ 69 mil, a criptomoeda chegou a US$ 20,6 mil, uma desvalorização de 70%. O BTC acompanha as incertezas do mercado de criptomoedas, que perdeu quase US$ 300 bilhões nos últimos meses, agravado pelo fim do projeto Luna.
No mesmo ritmo, o Ethereum (ETH), segunda criptomoeda mais conhecida, apresentou queda de 10%, em 24h. O ativo caiu 75% desde novembro de 2021, momento em que atingiu sua maior valorização.
Mercado em alerta
Esse cenário se justifica pelos impactos provocados pelas projeções inflacionárias dos Estados Unidos, diante das altas taxas de juros. O Banco Central americano (Fed) elevou a taxa básica e alcançou a maior marca em 28 anos.
Segundo especialistas, os criptoativos são considerados, cada vez mais, como ativos de alto risco e volatilidade. Em meio às grandes incertezas do momento atual, os investidores tendem a buscar ativos mais seguros.
Há também que se considerar a perda de interesse institucional pelo Bitcoin. Em 2021, houve um aumento significativo no interesse de instituições sobre a criptomoeda, que elevou o seu valor a US$ 69 mil. No entanto, esse interesse diminuiu com o passar do tempo e impactou diretamente no preço agora em 2022.
De acordo com dados da Glassnode, maior provedora de dados de blockchain, US$ 4,2 bilhões foram retirados por investidores que não quiseram mais ver os números no vermelho. Essa ação é o maior prejuízo histórico do Bitcoin.