Nova tecnologia vem sendo desenvolvida pela empresa, que pretende aproximar as pessoas de suas lembranças
A Amazon revelou uma tecnologia que vem desenvolvendo para a assistente de voz Alexa: a capacidade de imitar as vozes de pessoas falecidas. O recurso foi demonstrado durante a conferência anual MARS, que acontece nesta semana. Na demonstração, a Alexa lê um livro para uma criança com a voz de sua falecida avó. Assista:
De acordo com a Amazon, a inteligência artificial pode aprender a imitar a voz de um ente querido falecido ao escutar apenas um minuto de áudio desta pessoa falando. Por enquanto, a empresa apenas demonstrou a tecnologia, que ainda está em desenvolvimento. Não foi confirmado se ela chegará comercialmente aos usuários da Alexa, e nem quando isso poderia acontecer.
Deepfake e senciência
O trabalho entra em uma área da tecnologia que recebe investigação minuciosa sobre possíveis benefícios e abusos. Por exemplo, a Microsoft recentemente restringiu quais empresas poderiam usar seu software de imitação de vozes. O objetivo da ferramenta é ajudar pessoas com problemas de fala ou outras questões, mas alguns temem que também possa ser utilizada para propagar deepfakes políticas.
A Amazon espera que o projeto ajude a Alexa a se tornar onipresente na vida dos compradores. Mas a atenção do público já mudou para outro lugar. No Google, da Alphabet, um engenheiro fez a afirmação altamente contestada de que um bot de bate-papo da empresa havia avançado para a senciência – capacidade de possuir sensações.
Prasad disse que o objetivo da Amazon para a Alexa é “inteligência generalizável”, ou a capacidade de se adaptar aos ambientes do usuário e aprender novos conceitos com pouca entrada externa. Ele afirmou que essa meta “não deve ser confundida com a ultra inteligência artificial geral, capaz e onisciente”, ou AGI, que a unidade DeepMind, da Alphabet, e a OpenAI, cofundada por Elon Musk, estão buscando.