Aeronaves E190 e E195 prometem aumento de 50% na capacidade de volume e custos até 30% menores
A Embraer recebeu um pedido para conversão até de 10 jatos regionais E190F/E195F em cargueiros para um cliente não divulgado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (24). As aeronaves devem ser entregues a partir de 2024. Este é o primeiro contrato firme para a conversão P2F (do inglês, passenger to freight) para a família E-Jets. Em maio, a empresa de leasing aeronáutico Nordic Aviation Capital (NAC) fechou um acordo preliminar para conversão de até 10 jatos, por isso é provável que seja o cliente.
As conversões são um conveniente nicho para a fabricante brasileira e uma opção competitiva para os usuários. Por serem mais modernos, os E190F/E195F tem melhor desempenho e economia entre os modelos do mesmo porte, com 50% de ganho na capacidade de volume, três vezes mais alcance que grandes turboélices de carga e custos operacionais até 30% mais baixos que aeronaves narrowbodies, como os Boeing 737 mais antigos. Com mais de 1,6 mil E-Jets voando, os clientes P2F se beneficiarão de uma rede global sólida de serviços.
O que muda
As conversões serão feitas na fábrica no Brasil e incluem: porta de carga dianteira principal; sistema de movimentação de carga; reforço do piso; barreira de carga rígida (RCB, na sigla em inglês) – barreira 9G com porta de acesso; sistema de detecção de fumaça de carga (compartimento de carga do convés principal classe E); alterações no sistema de gestão do ar (arrefecimento, pressurização, etc); remoção de interior e provisões para transporte de materiais perigosos.
Combinando os compartimentos de carga inferior e superior, a carga útil estrutural máxima será de 13.150 kg para o E190F e de 14.300 kg para o E195F. Considerando a densidade de carga típica exigida com o crescimento do comércio eletrônico, a Embraer estima que o E190F voará com uma carga útil de 10.700 kg, enquanto o E195F ficará com 12.300 kg, já qu ´um pouco mais longo.
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