A indústria está em crise com as sanções ocidentais, o que exige recursos do governo
O governo da Rússia anunciou nesta segunda-feira (27) planos para investir 770 bilhões de rublos (US$ 14,5 bilhões) na indústria de aviação do país até o final desta década para aumentar a participação de aeronaves fabricadas no país.
A indústria da aviação russa está em crise desde que o Ocidente impôs sanções após a invasão da Ucrânia por Moscou, proibindo as companhias aéreas russas de voar para destinos na Europa, Estados Unidos e outros países.
As companhias aéreas russas interromperam em grande parte os voos internacionais, depois que as empresas de leasing disseram que apreenderiam os aviões de acordo com as sanções. Moscou aprovou uma lei que permite a apreensão de centenas de jatos em resposta a essas sanções.
Fabricantes de aviões estrangeiros também pararam de entregar novas aeronaves, enquanto peças de reposição para aviões construídos no exterior estão em falta. “A participação de aeronaves produzidas no país na frota de companhias aéreas russas deve crescer para 81% até 2030”, afirmou o vice-primeiro-ministro Yury Borisov em uma reunião televisionada de funcionários do governo.
Foco nos nacionais
A Rússia vem pressionando para localizar a produção de aeronaves, mas apenas a aeronave regional Sukhoi Superjet é produzida em massa dentro da Rússia, enquanto um número significativo de seus componentes, incluindo peças vitais do motor, são importados.
A Rússia está se preparando para produzir em massa a aeronave de médio curso MS-21, que também possui alguns componentes estrangeiros. Também espera começar a construir um pequeno número de Tu-214 projetados pelos soviéticos. De acordo com o programa, as companhias aéreas russas devem receber cerca de 1.000 novas aeronaves construídas localmente até 2030.
O jornal Vedomosti informou anteriormente que a Aeroflot, a maior transportadora aérea russa, poderá em breve assinar um contrato com a estatal United Aircraft Corporation (UAC) para a compra de 300 novas aeronaves.
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