Decisão oficial deve ser anunciada na quinta-feira (30), com pessebista mirando o Senado
É forte o movimento dentro do bloco PT e PSB em São Paulo para criar uma unificação em torno do pré-candidato ao governo do Estado, Fernando Haddad (PT). O ex-governador Márcio França (PSB) deu sinal verde para a articulação, ensaiando uma candidatura ao Senado e com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do também ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). A palavra de ordem seria para concentrar forças na campanha presidencial de Lula.
Desde quando deixou o Palácio dos Bandeirantes, França cultiva um eleitorado e apoio do PSB em São Paulo. Em 2020, conquistou mais de 700 mil votos nas eleições municipais da Capital, ficando atrás de Guilherme Boulos (PSOL), que também deixará de disputar um cargo majoritário em 2022 para se dedicar a uma vaga na Câmara Federal.
Ao sinalizar desistir do governo paulista para apoiar Haddad, França reforça seu jargão utilizado nos últimos pleitos, “aqui tem palavra”, justificando que desde o início das movimentações defendeu uma unificação para fazer frente à máquina tucana e ao pré-candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Propus, desde sempre, que quem de nós tiver melhores condições eleitorais de defender a mudança para São Paulo e para o Brasil deve ter apoio dos demais”, afirmou França, que configura o segundo lugar na pesquisa espontânea da Exame/Ideia, atrás de Haddad. De acordo com pessebistas, França afirmou aos colegas que deve tomar uma decisão nesta quinta-feira (30). Ele aguarda uma definição de apoio do PSD, de Gilberto Kassab.