Zé Guimarães (PT-CE) disse que a intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é “atropelar” decisão
O deputado Zé Guimarães (PT-CE) (imagem) informou a jornalistas que se depender do presidente da Câmara, Arthur Lira, haverá atropelos para a tramitação do texto na Casa, mas a oposição quer discutir a PEC kamizake um pouco mais e colocar para votar na próxima semana, segundo o Antagonista.
“Estamos fazendo uma reunião nossa [da oposição] e a tendência é votar na próxima semana, pois as comissões [CCJ e especial] nem se reuniram”, disse. Perguntado sobre a manutenção do estado de emergência no texto, o deputado respondeu: “Sem o estado de emergência, a PEC fica inviabilizada”.
Ministério quer barrar novos benefícios
O Ministério da Economia não vê espaço para a elevação de gastos com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta as despesas com auxílios sociais até dezembro. A estratégia é tentar segurar a inclusão de novas concessões na votação da Câmara com apoio das lideranças governistas.
Na Câmara, a proposta do relator, deputado Danilo Forte (União-CE), é criar um auxílio-gasolina para os motoristas de aplicativo. Essa medida, no entanto, é considerada de difícil implementação por causa da ausência de um cadastro e riscos de fraudes. Forte avalia que há espaço para subir o custo da “PEC Kamikaze” para até R$ 50 bilhões.
Uma mudança da PEC na Câmara obrigaria uma nova votação no Senado. O governo quer garantir o aumento do Auxílio Brasil e do vale-gás já neste mês, o que é considerado difícil pela área técnica. O texto da PEC aprovada pelo Senado já prevê R$ 41,2 bilhões em aumento de despesas fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.