Desde terça-feira (5), 16 ministros e 15 secretários parlamentares deixaram o governo; Boris Johnson diz que “lutará para ficar no cargo”
Mais 6 ministros do governo britânico pediram demissão nesta quarta-feira (6). Em carta endereçada a Boris Johnson, Kemi Badenoch (Governo Local), Neil O’Brien (Habitação), Alex Burghart (Educação), Lee Rowley (Indústria) e Julia Lopez (Mídia) também afirmam que o premiê deve deixar o cargo.
“Tornou-se cada vez mais claro que o governo não pode funcionar dadas as questões que vieram à tona e a forma como foram tratadas. Em boa-fé, devemos pedir que, para o bem do Partido [conservador] e do país, o senhor se afaste”, disseram.
Onda de renúncias
Segundo o The Telegraph, 31 pedidos de demissões foram feitos desde terça-feira (5), sendo 16 ministros e 15 PPSs (sigla em inglês para secretário parlamentar particular). As últimas 6 foram anunciadas horas depois que os ministros Sajid Javid (Saúde) e Rishi Sunak (Finanças) também saíram de seus cargos.
O caso se deu devido à um novo escândalo envolvendo o primeiro-ministro. Veio a público que Johnson nomeou o parlamentar Chris Pincher, do Partido Conservador, para o cargo de vice-chefe da bancada do governo no Parlamento sabendo que ele respondia por assédio sexual.
Pincher é acusado de ter apalpado 2 homens em um clube. A queixa contra ele foi feita em 2019. Ele foi nomeado em fevereiro deste ano, tonando-se o responsável por garantir que parlamentares do partido governista votassem conforme orientação das lideranças. O parlamentar foi suspenso do Partido Conservador na semana passada. Ao renunciar, ele disse haver “bebido demais” e “constrangido” a si mesmo e a outras pessoas.
Nesta quarta-feira, Boris Johnson, afirmou que lutará para ficar no cargo. “O trabalho de um primeiro-ministro é continuar mesmo em circunstâncias difíceis”, disse.
Confira a carta de demissão dos ministros: