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Beleza nos confins do espaço

Divulgadas pela Nasa nesta semana, as imagens compostas do telescópio espacial James Webb (JWST), o maior telescópio já construído, fascinam os terráqueos. A fotografia exibida em um breve evento na Casa Branca, na noite de segunda-feira (11) com a presença do presidente americano, Joe Biden, mostra um pedaço distante do céu, em um momento em que galáxias tornavam-se visíveis, apenas 600 milhões de anos após o Big Bang. O registro foi saudado por Thomas Zurbuchen, pesquisador associado da Nasa para Ciência Espacial, como a visão mais profunda já captada do passado do universo.

Durante trinta anos, o telescópio Hubble forneceu visões magníficas de galáxias e nebulosas, nas quais se destacam enormes nuvens de poeira opaca. Já o JWST consegue atravessar esses obstáculos e revelar as milhares de estrelas que estão escondidas dentro das nebulosas, que são regiões que concentram poeria e gases, matéria-prima para a formação de planta e estrelas. Uma das missões mais ambiciosas do telescópio Webb é estudar algumas das primeiras estrelas e galáxias que iluminaram o universo logo após o Big Bang, há 14 bilhões de anos.

Abaixo a comparação da mesma região observada pelos telescópios Hubble e James Webb. A imagem do satélite mais moderno tem mais detalhes, mostrando galáxias não captadas pelo primeiro, mesmo com menos .tempo de exposição.

Após a divulgação da primeira imagem do universo profundo feita pelo telescópio JWST, a Nasa liberou na terça-feira (12) mais quatro imagens geradas a partir do maior (e mais caro) observatório espacial já construído.

Confira:

Distante 2 mil anos-luz, a nebulosa planetária Anel do Sul (acima) é uma concha de gás aquecido nos momentos finais de uma estrela. Na imagem atual é possível perceber duas estrelas no centro. Com pouca energia gravitacional, uma delas libera camadas de matéria formadas de gás e poeira em um espetáculo colorizado para realçar a radiação ultravioleta emitida.

Logo após, foi divulgada essa da Nebulosa Carina (acima), no braço de Sagitário da Via Láctea. Enquanto a Anel do Sul mostra o final da vida de uma estrela, está é um berçário cósmico, com corpos astronomicamente jovens, alguns com massa 50 vezes maior que o Sol. A parte marrom é a nuvem de gás e poeira que se agrega por gravidade para criar estrelas e planetas. Conseguimos ver boa parte dessas estrelas, o que nunca foi observado antes. Todavia, essa formação é lentamente destruída pela radiação das estrelas jovens e quentes que formou. Ou seja, depois de alguns milhões de anos, deixará de existir, assim como a nuvem que antes gerou o Sol.

O Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias na Constelação de Pegasus, a cerca de 290 milhões de anos-luz da Terra. Esta é a maior imagem já feita do grupo de galáxias, que conta com 150 milhões de pixels. O ângulo só permite observar um braço de formação de estrelas devido à interação dessas galáxias e o efeito de um buraco negro. Conseguimos ver que nos centros das galáxias há um efeito de núcleo ativo, indicando que ali há buracos negros supermassivos. Possivelmente, esses buracos negros se alimentam de matéria conforme as galáxias interagem umas com as outras.

Por fim, temos o espectro de um exoplaneta WASP-96B (planeta que fica fora do sistema solar). É basicamente a luz de sua estrela “bloqueada” peelo feito de prisma da composição de sua atmosfera. A passagem ajuda a inddicar detalhes da composição química desse gigante gasoso e quente. O telescópio espacial conseguiu detectar vapor d’água no exoplaneta.

Fonte: Roberta Duarte, doutoranda em Astrofísica no Black Hole Group, da USP

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