Temor de recessão faz gigante da tecnologia focar nas funções técnicas em 2022/2023
A Alphabet planeja diminuir o ritmo de contratação do Google pelo resto do ano. A decisão se dá em função dos receios de uma recessão econômica com inflação em alta e consequências da crise na Ucrânia pressionando os negócios. O comunicado foi feito pelo presidente-executivo Sundar Pichai (imagem) na terça-feira (12) em um e-mail à equipe.
Pichai afirmou que o Google adicionou 10 mil funcionários durante o segundo trimestre e tem “fortes compromissos” nos próximos meses para contratar universitários. O Business Insider informou anteriormente sobre os planos do Google. “Como todas as empresas, não estamos imunes aos ventos contrários econômicos”, disse a Alphabet em um documento regulatório. Os esforços de contratação serão focados em funções de engenharia e técnicas, concluiu.
Tecs em crise
O movimento do Google espelha o de outras empresas de tecnologia. Em maio, Snap e Lyft disseram que iriam desacelerar as contratações. Várias semanas depois, a Instacart disse que reduziria o crescimento do emprego e a Tesla seguiu com um anúncio de uma redução de 10% para sua força de trabalho assalariada. No início desta semana, a rival do Google, a Microsoft, anunciou estar cortando um pequeno número de empregos. A Meta também reduziu seus planos de contratação devido a preocupações com as condições econômicas.
Historicamente, o Google permaneceu relativamente imune às quedas econômicas do setor de tecnologia. A gigante da internet interrompeu as contratações após a crise financeira há mais de uma década, mas desde então tem adicionado regularmente ondas de novos funcionários para seu principal negócio de publicidade, bem como áreas como smartphones, carros autônomos e dispositivos vestíveis que ainda não são lucrativos. A Alphabet, controladora do Google, que empregava quase 164 mil pessoas em 31 de março, contratou principalmente nos últimos anos a divisão de nuvem do Google e novos campos como hardware.