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Trump culpa secretário de Justiça Sessions por inquérito sobre suposto conluio com a Rússia

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente o secretário de Justiça, Jeff Sessions, nesta terça-feira, culpando-o diretamente por permitir que um inquérito sobre um suposto conluio entre sua campanha presidencial e a Rússia esteja ofuscando sua Presidência há mais de um ano.

Trump, que negou qualquer conluio, questionou Sessions por conta da investigação e lamentou tê-lo escolhido para liderar o Departamento de Justiça, parecendo ir até mais longe em uma publicação no Twitter nesta terça-feira que expôs sua motivação.

    No ano passado, Sessions se absteve de supervisionar o inquérito do procurador especial dos EUA sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016 por conta de suas interações com o embaixador russo nos EUA ao menos duas vezes naquele ano.

    Na semana passada, o jornal New York Times noticiou que Trump pediu a Sessions diretamente que voltasse atrás em sua recusa do ano passado. 

    O tuíte de Trump aumentou a pressão sobre Sessions no tocante ao inquérito, que rendeu vários indiciamentos. Cinco pessoas se declararam culpadas, inclusive o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn e um parceiro comercial de longa data do ex-gerente de campanha de Trump, Paul Manafort.

    “A farsa da caça às bruxas russa continua, tudo porque Jeff Sessions não me disse que iria se abster… eu teria escolhido outra pessoa rapidamente. Tanto tempo e dinheiro desperdiçados, tantas vidas arruinadas… e Sessions sabia melhor que muita gente que não houve conluio!”, tuitou Trump.

    Seu tuíte veio no momento em que Manafort enfrenta uma possível pena de prisão após um julgamento, já que na segunda-feira o procurador especial Robert Mueller disse que ele tentou interferir com possíveis testemunhas e pediu uma audiência urgente em um tribunal federal.

Manafort se declarou inocente de acusações que vão desde lavagem de dinheiro e não se identificar como agente estrangeiro a fraude bancária e tributária.

    (Por Susan Heavey)

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