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Ritmo de crescimento do 1º tri possivelmente não se repetirá à frente, diz ministro do Planejamento

BRASÍLIA (Reuters) – A recuperação da economia brasileira vinha ocorrendo em escala crescente no primeiro trimestre, mas o ritmo perdeu força e não se repetirá nos próximos trimestres, disse nesta quarta-feira o ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

A economia brasileira acelerou ligeiramente no primeiro trimestre deste ano e cresceu 0,4 por cento ante os três meses anteriores, informou o IBGE. Mas os 11 dias de paralisação de caminhoneiros, com desabastecimento e perdas econômicas, deve reduzir a marcha da economia, segundo economistas. [nL2N1T117L]

Caso o ritmo do primeiro trimestre se repetisse, o Produto Interno Bruto (PIB) terminaria 2018 com expansão de 1,6 por cento, segundo cálculos da Reuters a partir dos números divulgados pelo IBGE. A previsão oficial do governo, no entanto, é de 2,5 por cento de expansão neste ano.

Segundo o ministro, o governo ainda trabalha com estimativas produzidas em março e incluídas na chamada grade de parâmetros orçamentários, um conjunto de estimativas de inflação, crescimento, juros, massa salarial, produção industrial, comércio exterior entre outros.

Porém, ressaltou Colnago, o governo pode revisar os dados ao longo do ano. De acordo com informações do Ministério da Fazenda, o objetivo da grade de parâmetros orçamentários é representar um cenário base que permite uma estimativa mais precisa de receitas e despesas do governo federal e maior previsibilidade sobre coleta de impostos.

Colnago disse ainda que o governo continuará gerando déficits primários até 2021, data em que a relação da dívida bruta com o PIB atingirá 81,1 por cento, durante apresentação na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Naquele ano, as despesas obrigatórias vão representar 98 por cento do Orçamento, acrescentou.

Segundo o ministro, a despesa primária tende a cair em relação ao PIB devido a imposições do chamado teto de gastos, que impede o governo de elevar os gastos públicos acima das despesas do ano anterior, atualizadas pela inflação. O teto permite a geração de superávits primários em seis ou sete anos, acrescentou o ministro.

(Reportagem de Bruno Federowski; Texto de Iuri Dantas; Edição de Claudia Violante e Patrícia Duarte)

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