De acordo com dados da Check Point Research, média semanal brasileira cresceu 46%
Com a chegada das redes inteligentes e do mercado livre de energia, os sistemas elétricos podem se tornar fontes de interesse para hackers. De acordo com dados divulgados pela Check Point Research, o índice semanal de ataques cibernéticos teve um aumento de 46% no Brasil no primeiro semestre. O resultado acende um alerta, já que a média global foi de 32% no segundo trimestre de 2022, bem abaixo dos ataques no Brasil.
Para o setor elétrico, além do risco em relação à continuidade da prestação de serviços, a falta de segurança cibernética traz ameaças aos dados – das próprias empresas ou dos clientes. Esse problema potencial demonstra como as empresas ainda estão vulneráveis e como grupos aproveitam o período da pandemia para intensificar as invasões, especialmente por meio de ransomware, quando cibercrimonosos sequestram de forma online arquivos dos mais variados tipos de corporações. Sem acesso aos seus dados, as empresas precisam pagar resgates para recuperá-los. No caso do setor elétrico, o risco é ainda maior, pois podem provocar um apagão ou sobrecarregamento da distribuição, com prejuízos imensos para dezenas de milhões de pessoas.
Por isso, o mercado tem se adaptado para entregar respostas rápidas diante de qualquer problema e estabelecer regulações eficazes, mas, ao mesmo tempo, flexíveis, para diferentes portes e negócios. Exemplo disso é que, em dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a política de cibersegurança a ser adotada pelos agentes do segmento.
Bruno Oka, consultor de Negócios de Segurança Cibernética na Schneider Electric, aponta que, para se precaver cada vez mais na proteção de sistemas de energia, existem diversos passos a serem seguidos pelas empresas – que podem variar de acordo com o tamanho, região ou objetivos de cada companhia.
Quatro pontos principais
- Modernização dos sistemas elétricos;
- Conhecimento do próprio negócio;
- Treinamento dos colaboradores;
- Equipe dedicada a área de segurança.
“Não há avanço dos negócios se o ambiente não for seguro, essa é uma tendência imediata do setor”, afirma o executivo.
