Pontos de energia públicos e semipúblicos cresceram 11% em apenas um mês
Com mais de 100 mil veículos elétricos e híbridos em circulação e aumento de 100% nas vendas, o Brasil vivencia um avanço expressivo da transição energética automotiva, ainda que o total de modelos com baixas ou zero emissões seja pequeno diante da frota total. Nesse cenário, onde a mobilidade elétrica irá crescer de forma cada vez mais acelerada, a criação de uma infraestrutura para recarregamento é prioridade.
Segundo os dados mais recentes da Elev, empresa que traz soluções para o ecossistema de carros elétricos, o número de postos de recarregamento públicos e semipúblicos no país cresce, principalmente em São Paulo (SP), onde houve um aumento de 11,25% entre junho e agosto, totalizando 445 carregadores. No país são mais de 1,3 mil.
No entanto, para o diretor da empresa, Ricardo David, ainda é necessário mais investimento estrutural. “Tivemos um crescimento importante no número de postos na principal capital do país, São Paulo. Ao mesmo tempo, o número ainda é baixo quando consideramos outras capitais do mundo, como é o caso de Oslo, na Noruega, onde os postos de gasolina estão se convertendo em eletropostos”, comentou.
Vale destacar que os postos públicos e semipúblicos são apenas uma parcela visível dos pontos para carros elétricos instalados no Brasil. Condomínios investem, ao mesmo tempo que proprietários instalam carregadores rápidos em suas casas, como uma solução para os preços altos dos combustíveis fósseis.
“Por mais que tenhamos uma diminuição no valor dos combustíveis no último mês, essa redução não traz um custo benefício de longo prazo. Deste modo, cada vez mais pessoas vão migrar, aumentando cada vez mais a demanda por carregadores”, completa o executivo.
Outra questão que é muito mencionada quando se trata de carros elétricos e carregadores, o especialista diz que ainda que haja um avanço significativo desse tipo de veículo, não há risco de apagão energético. “Não existem lados negativos. A nossa matriz energética não sofreria com o aumento de carros elétricos, nem mesmo se eles avançassem para as nossas frotas de caminhões. O impacto ambiental seria mínimo, principalmente quando consideramos que a geração de energia em nosso país é majoritariamente limpa”, explicou o especialista.