Problema de maior prevalência é a perda de olfato e paladar, seguida de prpoblemas musculares
A covid-19 deixou pelo menos uma sequela em 65% dos pacientes no Brasil. A perda de olfato ou paladar foi o problema de maior prevalência: cerca de 30% daqueles que foram infectados pelo Sars-CoV-2 relataram o problema. Os dados são do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel). O estudo entrevistou por telefone 9 mil pessoas em todas as regiões do Brasil ao longo do 1º trimestre de 2022.
O dado é um alerta de que, mesmo com o arrefecimento da pandemia, os efeitos da pandemia de coronavírus devem perdurar nos pacientes por um longo período de tempo e impactar o sistema de saúde brasileiro.
Cada entrevistado poderia indicar mais de uma complicação em decorrência da infecção pelo Sars-CoV-2. Depois da perda de olfato ou paladar, as sequelas mais comuns foram:
- problemas musculares – 25,5%;
- fadiga e/ou cansaço – 23,6%;
- perda de memória – 21,3%;
- perda de cabelo – 19,3%;
- falta de ar – 18,6%.
As demais sequelas foram relatadas por menos de 15% da amostra.
Eis outras conclusões do estudo sobre a covid-19 no Brasil:
- 4 em cada 10 entrevistados relataram suspeita de infecção, sendo que 1 em cada 4 tiveram o diagnóstico confirmado;
- entre os que tiveram infecção confirmada, 7,1% precisaram ser hospitalizados, 64,9% declararam ter alguma sequela e mais da metade mudou algum hábito por causa da doença;
- a vacinação completa atingiu pouco mais de 80% da amostra, sendo maior entre mulheres e entre os mais escolarizados.
Vacinação
Do total de entrevistados, 4,8% declararam não ter se vacinado. Quase 30% dos não vacinados disseram que tomaram a decisão de não aderir à campanha de imunização por desacreditarem na eficiência da vacina. Já 9,5% justificaram com a falta de tempo.