Ministro alegou que a capacidade financeira dos suspeitos leva a crer na possibilidade de uma organização contra o estado democrático de direito
Criticado por ter baseado a investigação sobre os empresários que trocaram mensagens de teor golpista pelo aplicativo de mensagens WhattsApp baseado apenas na reportagem do site Metrópoles, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou nesta segunda-feira (29) o sigilo judicial sobre a justificativa da investigação.
Os envolvidos foram alvos de mandados de busca e apreensão, tiveram as contas bancárias congeladas, sigilos quebrados, perfis em redes cancelados e deverão prestar depoimentos. Moraes justificou a decisão diante da possibilidade de “atentados contra a democracia e o Estado de Direito”.
Na decisão que estava sob sigilo, Moraes cita o poder econômico dos investigados, a possibilidade de ação de milícia digitais e a formação de iuma morganização criminosa – da qual ainda não há indícios: “[…] não há dúvidas de que as condutas dos investigados indicam possibilidade de atentados contra a Democracia e o Estado de Direito, utilizando-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário, o Estado de Direito a Democracia; revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa identificada no Inq. 4.874/DF e também no Inq. 4.781/DF, ambos de minha relatoria”.
Os alvos investigados são Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; André Tissot, do Grupo Serra; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping; Luciano Hang, da Havan; Marco Aurélio Raimundo, da Mormai; e Meyer Nigri, da Tecnisa.
O que MONEY REPORT publicou
