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O telescópio James Webb colocou a astronomia de volta ao mapa

Quando era criança, fui marcado por algo incrível: a chegada do homem à Lua. Estava brincando com meu robozinho em frente à TV, da marca ABC – A Voz de Ouro, em preto e branco, de madeira e com pés palito. Não estava ligando muito para o que passava no aparelho, até que minha mãe me chamou a atenção para aquilo que seria um momento histórico. Apesar dos chuviscos na tela, fiquei absolutamente fascinado com o que vi.

As imagens de Neil Armstrong na superfície lunar (há gente que acredita tudo isso ser uma tremenda armação, mas vamos deixar isso para lá…) me fizeram sonhar com o espaço sideral. Mais tarde, reprises de seriados como “Perdidos no Espaço” e “Jornada nas Estrelas” só fizeram aumentar o meu fascínio pelas estrelas, planetas e galáxias. Infelizmente, o programa lunar foi desativado – e, mais tarde, as viagens dos ônibus espaciais foram cancelados após o acidente com a nave Challenger. Nos últimos tempos, infelizmente, o espaço saiu de moda.

Até que veio uma nova corrida espacial, desta vez no setor privado. Quando presidente, Donald Trump falou em construir uma base na Lua e, depois, chegar a Marte (sonho compartilhado por Elon Musk). Essas iniciativas colocaram o espaço novamente na roda das conversas.

Mas nada disso se compara às fotos que passamos a ver na imprensa depois que o telescópio James Webb entrou em ação. Nesta semana que passou, vimos imagens inéditas da chamada Galáxia Fantasma (destaque), que está a 32 milhões de anos-luz da Terra. Também pudemos apreciar o planeta Júpiter, com uma coloração que nunca vimos antes (laranja nas auroras dos polos; verde, da neblina de alta altitude; e o azul das nuvens). E, ainda por cima, pudemos admirar um exoplaneta (aqueles que ficam fora do sistema solar) em todo seu esplendor.

Em breve, teremos um voo lunar não tripulado para testar as condições de uma nova missão para o satélite terrestre. Será que toda essa movimentação espacial, ao lado das fotos espetaculares do James Webb vão criar um novo boom de seriados e filmes? Mais que isso: inspirar novas gerações a buscar seu futuro junto às estrelas? Lembremos que vários astronautas dos anos 1980 declararam ter sido influenciados por alguns personagens da série “Jornada nas Estrelas”. Será que isso pode ocorrer novamente?

As estrelas sempre foram sinônimo de mistério e de beleza para a humanidade. Todos devem se recordar da primeira vez que olharam para um céu noturno, sem luzes, poluição ou nuvens. Estamos falando daquelas noites sem lua, em que podemos ver todo o sistema estelar, incluindo a névoa gasosa da Via Láctea. Dificilmente alguém passa por essa experiência sem ficar embasbacado.

Com o James Webb, a beleza de um céu de estrelas ficará cada vez mais comum. Pelo que pudemos ver, até agora, o espaço sideral é cheio de cores, formatos e movimentos de uma beleza absoluta. E, igualmente, também pode apresentar algumas atrações sinistras (quem já ouviu o som liberado por um buraco negro? É assustador).

Trata-se de um novo capítulo para a existência humana. E talvez o início de um futuro mais parecido com o que vimos, até agora, nos filmes de ficção científica.

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