PARIS (Reuters) – Rafael Nadal esteve em sua melhor forma neste domingo ao atropelar o austríaco Dominic Thiem e conseguir ampliar seu recorde de 11 títulos de Aberto da França com a vitória por 6-4 6-3 e 6-2.
O espanhol número um do mundo, que agora tem 86 vitórias e apenas 2 derrotas em Roland Garros, conquistou seu 17º título de Grand Slam ao atropelar o sétimo cabeça-de-chave, que esperava se tornar o segundo austríaco a vencer Roland Garros.
Em suas onze finais em Paris, Nadal perdeu apenas seis sets e agora igualou o recorde histórico de maior número de títulos de um mesmo Grand Slam, que ele divide com Margaret Court, vencedora de 11 edições do Aberto da Austrália entre os anos 1960 e 1970.
O resultado deste domingo também marca o sexto Grand Slam consecutivo conquistado ou por Nadal ou pelo 20 vezes campeão de Grand Slams Roger Federer.
O espanhol havia vencido suas 10 finais anteriores de Roland Garros e embora Thiem tenha sido o único tenista a batê-lo no saibro nas últimas duas temporadas, o austríaco nunca chegou a ameaçar o rei do saibro neste domingo.
Nadal pediu massagens nos braços duas vezes no terceiro set, mas nem mesmo esse problema pareceu aumentar as chances de Thiem, que tentava repetir o feito do compatriota Thomas Muster, campeão da edição de 1995.
O espanhol teve um início avassalador, ganhando os primeiros seis pontos da partida e quebrando o saque de Thiem no segundo game para abrir 2-0. Thiem devolveu a quebra e se salvou de um break point para empatar em 2-2.
Nadal, no entanto, embalou a partir do décimo game enquanto Thiem parecia ficar mais nervoso.
Na segunda parcial, o espanhol deixou o rival frustrado com longas trocas de bola e, embora tenha sido ameaçado no sétimo game, conseguiu abrir 2 sets a 0 no jogo exibindo todo seu arsenal de jogadas, com direito a drop shot e passada.
No terceiro set, Thiem novamente se viu pressionado, tendo que salvar quatro break points logo no primeiro game. Ele perdeu o saque no terceiro game e Nadal abriu 3-1, antes de pedir tempo para massagear o braço pela primeira vez. O espanhol manteve o ímpeto, abriu 5-2 e pediu nova interrupção médica. Mas o problema não o impediu de fechar o jogo em 3 sets a zero.
A comemoração de Nadal foi contida – jogando os braços para o céu e se voltando para seu séquito, incluindo o técnico e colega maiorquino Carlos Moya e seu tio Toni, que se demitiu no ano passado depois que seu sobrinho Nadal chegou a La Decima.
Não havia como disfarçar o que ainda significa para ele, no entanto, quando as lágrimas surgiram depois de receber o Coupe des Mousquetaires do australiano Ken Rosewall.
“É incrível. Nesse momento não consigo descrever meus sentimentos”, disse Nadal ao público da quadra Philippe Chatrier.
“Eu sequer sonhava em vencer aqui 11 vezes, porque é impossível pensar em algo assim.”
(Por Julien Pretot, com reportagem adicional de Richard Lough)