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Bolsonaro diz que o maior erro de seu governo foram os palavrões

Em sabatina de compadres com Ratinho, presidente lançou imprecisões, defendeu armas e alertou que novas demarcações vão prejudicar o agro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi entrevistado pelo apresentador Carlos Massa, o Ratinho, nesta terça-feira (13), no SBT. Foi a sabatina mais amena e curta que qualquer dos presidenciáveis já encarou nesta campanha. Houve tempo até para elogios ao governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior (PSD), o Ratinho Junior, filho do entrevistador.

O tempo enxuto foi equilibrado entre os feitos da atual administração, com boas doses de imprecisões, e críticas aos governos da Argentina, Venezuela e Nicarágua. Sobre seu legado, afirmou que foi o aumento dos leitos de UTIs – o que é incorreto diante da quantidade de internações contratadas da iniciativa privada. Em contraparte, aproveitou para criticar o STF, que questiona o novo piso da enfermagem – dado sem compensação de gastos públicos, o que desequilibra mais as contas públicas. Em matéria de Educação, pasta que teve uma sucessão de ministros, se isentou alegando que há aparelhamento político enraizado e que não conseguiu resolver o problema da ideologia de gênero, citando meninos e meninas usando o mesmo banheiro.

Bolsonaro voltou a abordar a flexibilização do porte de armas – dias depois de feminicídios protagonizados por atiradores licenciados. “Santa Catarina é o estado com mais clubes de tiros e onde há menos violência. A arma inibe”, afirmou. Ratinho perguntou sobre qual seria seu maior erro. O presidente garantiu que é seu jeito destemperado: “Falo palavrão, mas não sou ladrão”.

Indígenas

Contra seu principal adversário, Lula, citou que a aproximação com Marina Silva preocupa, pois em caso de vitória haveria grande demarcação de terras indígenas, prejudicando o agro, pois fazendeiros perderiam terras. Sobre o desmatamento da Amazônia, declarou fantasiosamente que mais de 65% do território está como na chegada de Cabral, em 1500, e que países desejos de tirar o protagonismo do Brasil criticam as queimadas – baseadas grandemente em dados estatais brasileiros. “Quem critica nunca foi à Amazônia”, disse. Depois garantiu que vai respeitar o resultado das urnas, mas que a liberdade dos brasileiros está ameaçada pela esquerda e que seu próximo governo vai baratear os alimentos, afetados pelos preços internacionais.

Passaram batidos questões de gestão, suspeitas de corrupção, Rachadinhas/Queiroz, críticas internacionais, inflação, vítimas da pandemia, Orçamento Secreto, crises com o Judiciário, ameaços autoritários e comentários machistas. A conversa ao vivo durou 30 minutos sem intervalos.

Ciro Gomes (PDT) participará do programa na próxima segunda-feira (19) e Simone Tebet (MDB), na terça-feira (20). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não confirmou presença.

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