Presidente aproveitou sua presença no funeral da rainha para afirmar que vencerá no primeiro turno. Parentes de Dom Phillips estavam no local
A polícia britânica teve que separar manifestantes para evitar um confronto na frente da residência oficial do embaixador brasileiro em Londres, na tarde deste domingo (17). Cerca de uma dezena de ativistas ambientais fazia um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, que ficará hospedado no local para participar do funeral da rainha Elizabeth II. Portando faixas contra a destruição da Amazônia (“Parem Bolsonaro pelo futuro do planeta” e “Pare Bolsonaro, pelo futuro do planeta”) e classificando o presidente de “ecocriminoso”, o grupo pacífico foi cercado e ameaçado por bolsonaristas.
A confusão só não aumentou por causa da intervenção da Polícia Metropolitana, que escoltou os ambientalistas para longe. Entre os participantes estavam amigos e familiares do jornalista britânico Dom Phillips, do The Guardian, assassinado em junho no Vale do Javari, no oeste do Amazonas. O correspondente no Brasil do jornal, Tom Phillips (não são parentes) acompanhou e publicou no Twitter: “A polícia tem que proteger os manifestantes pacíficos anti-Bolsonaro enquanto são repreendidos pelos apoiadores do presidente hoje em Londres”.
Enquanto o protesto britânico era focado nas questões ambientais, os brasileiros gritavam em português contra Lula e a Venezuela. Em um segundo post, Philips escreveu: “Que cenas vergonhosas em um momento de luto nacional”. Equipes de jornalismo brasileiro, em especial da TV Globo, foram hostilizadas.
Drogas, aborto, ideologia de gênero
Horas antes do episódio, Bolsonaro havia discursado para os mesmos apoiadores na sacada do prédio, afirmando que vencerá de modo incontestável as eleições: “Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno”. Bolsonaro está em segundo lugar em todas as pesquisas e um segundo turno contra Lula é esperado. Ele também citou suas bandeiras centrais contra “drogas, aborto e ideologia de gênero”. Ele também prestou homenagem à monarca, fez um preve pronunciamento sobre a passagem dela pelo Brasil, na década de 1960 e assinoju o livro de condolências.
Não houve registro de confusões perante a presença de outros chefes de estado, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
O presidente brasileiro viaja para Nova York (EUA), na tarde de segunda-feira (19), para discursar na Assembleia Geral da Organização nas Nações Unidas (ONU) na terça-feira (20).
Respostas de 2
Estranho este relato ( de que os manifestantes pto Bolsonaro setiam agressivos) ja que li que a policia inglesa algemou e prendeu 2 manifestantes contra Bolsonaro e nao li registro de terem prendido nenhum manifestante a favor de Bolsonato.
Houve uma denúncia improcedente (provavelmente um trote) que uma pessoa vestida de vermelho estaria tentando promover um tumulto perto da residência oficial do embaixador brasileiro. a pessoa foi detida e liberada em pouco tempo. Tanto que a pessoa foi entrevistada sobre o ocorrido.