SÃO PAULO (Reuters) – A expectativa para a taxa básica de juros em 2018 permaneceu em 6,75 por cento na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, mas foi reduzida para o ano que vem, com as projeções para a inflação sendo mantidas após o IPCA ficar abaixo do piso da meta no ano passado.
A estimativa para a alta do IPCA em 2018 continua sendo de 3,95 por cento, ante meta de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2019, a conta dos economistas consultados é de 4,25 por cento, sendo que nesse caso o objetivo é de 4,25 por cento, com margem também de 1,5 ponto.
O IPCA acumulou no ano passado alta de 2,95 por cento, nível mais baixo desde 1998 e depois de ter encerrado 2016 com avanço de 6,29 por cento. O nível baixo da alta dos preços mantém o caminho aberto para mais redução dos juros básicos. Porém, sinais de mais pressão inflacionária, reduziram as apostas no mercado de um novo corte neste ano.
Os especialistas consultados na pesquisa semanal do BC continuam vendo um corte de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, para 6,75 por cento, após fechar o ano passado na mínima histórica de 7 por cento.
Para 2019 a expectativa para a Selic caiu no Focus a 8,0 por cento, de 8,13 por cento na mediana das projeções no levantamento anterior.
Por outro lado os economistas que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, veem os juros básicos a 6,5 por cento ao final deste ano, com dois cortes de 0,25 ponto, em fevereiro e março, e a 8,0 por cento em 2019.
Para a atividade econômica, o Focus trouxe ainda que o Produto Interno Bruto deve ter crescido 1,01 por cento em 2017, sem alterações. Para 2018 a expectativa é de expansão de 2,70 por cento, 0,01 ponto percentual a mais do que antes, e para 2019 é de 2,80 por cento, sem alterações.
(Por Camila Moreira)