Por Gabrielle Tétrault-Farber e Sarah Dadouch
MOSCOU/RIAD (Reuters) – Seis adolescentes sauditas escolhidas para carregar a bandeira de seu país na partida de abertura da Copa do Mundo em Moscou nesta quinta-feira serão substituídas depois que sua viagem foi cancelada devido a “circunstâncias logísticas”, informaram organizadores.
Nomeadas porta-bandeiras como parte de um programa da Coca-Cola, as meninas, de entre 13 e 17 anos, iriam acompanhar a seleção saudita até o campo de jogo no Estádio Luzhniki, em Moscou, antes de sua partida contra a Rússia.
Mas os organizadores disseram que elas não conseguiriam mais ir.
“Devido a circunstâncias logísticas imprevistas, a delegação de porta-bandeiras sauditas infelizmente não será mais capaz de comparecer à abertura da Copa do Mundo da Fifa de 2018”, disse a Coca-Cola em comunicado enviado à Reuters.
Omar Bennis, diretor de relações públicas da Coca-Cola no Oriente Médio, se recusou a revelar a natureza dos problemas logísticos, mas disse que não são relacionados com o gênero das meninas.
É “uma mistura de tudo”, disse, acrescentando que a companhia está trabalhando com autoridades esportivas sauditas para que as meninas possam participar de outras partidas do país no Mundial.
Mulheres na Arábia Saudita foram autorizadas a assistir a partidas de futebol pela primeira vez neste ano, à medida que o reino muçulmano profundamente conservador tenta reduzir as limitações impostas a mulheres.
(Reportagem de Gabrielle Tétrault-Farber e Sarah Dadouch)