A SEC disse que a estrela de reality show endossou o token criptográfico EthereumMax por US$ 250 mil no ano passado

Kim Kardashian concordou em pagar US$ 1,26 milhão para liquidar acusações feitas pela Securities and Exchange Commission (SEC), que alegou que ela promoveu ilegalmente uma criptomoeda no Instagram em junho do ano passado.

A SEC disse que a estrela de reality show e celebridade influenciadora endossou o token criptográfico da EthereumMax por US$ 250 mil no ano passado sem divulgar o pagamento que recebeu pela promoção, violando a disposição anti-promoção da lei federal de valores mobiliários.

O acordo inclui US$ 260 mil em restituição e juros e US$ 1 milhão em multas. Além disso, Kardashian concordou em não promover nenhum título de criptoativo por três anos e cooperará com a investigação em andamento do regulador dos EUA. Ela concordou com o acordo sem admitir ou negar as descobertas da SEC.

“Este caso é um lembrete de que, quando celebridades ou influenciadores endossam oportunidades de investimento, incluindo títulos de ativos criptográficos, isso não significa que esses produtos de investimento sejam adequados para todos os investidores”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler, em comunicado divulgado pela agência.

Por exemplo, a conta do Instagram de Kardashian é classificada como a 9ª conta mais influente da plataforma em todo o mundo, de acordo com o Hypeauditor.com. Seu negócio de roupas SKIMS – estimado em US$ 3,2 bilhões – também é o segundo negócio de propriedade de celebridades mais valorizado, de acordo com relatório recente do aplicativo Invezz, com sede em Londres.

“O caso de Kardashian também serve como um lembrete para celebridades e outros que a lei exige que eles divulguem ao público quando e quanto são pagos para promover o investimento em títulos”, disse Gensler no comunicado.

Queda das criptos

Desde o pico do mercado de criptomoedas em novembro do ano passado, a capitalização de mercado total da classe de ativos caiu 67%, de US$ 2,8 trilhões para US$ 928 bilhões, segundo a Coinmarketcap.

Uma pesquisa recente realizada pelo Bankrate descobriu que o conforto dos investidores dos EUA em criptomoedas despencou desde o ano passado, principalmente entre os investidores da geração Y e Z que usam as mídias sociais como fonte primária de investimento.

Entre 2021 e setembro de 2022, o conforto com criptomoedas caiu 41% para os millennials. No mês passado, apenas metade dos entrevistados que afirmam usar as mídias sociais como fonte primária de investimento acredita que as informações são confiáveis.