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Cheryshev apaga anos de dificuldades com atuação espetacular em estreia da Rússia na Copa

Por Richard Martin

ROSTOV-ON-DON (Reuters) – O ponta da seleção russa Denis Cheryshev enfrentou diversos contratempos ao longo da carreira, mas se colocou no centro das atenções com dois gols espetaculares após sair do banco de reservas na vitória de 5 x 0 sobre a Arábia Saudita, na quinta-feira, na partida de abertura da Copa do Mundo.

Uma possível carreira promissora como um ponta rápido e habilidoso tem sido continuamente interrompida por uma série de lesões musculares, o que o levou a pouco atuar por seu atual clube, o Villarreal, durante seus 18 meses na equipe.

O jogador de 27 anos disputou apenas nove partidas pela Liga Espanhola na última temporada, e corria o risco de ficar fora da seleção russa na Copa do Mundo depois de não ter começado uma partida pela seleção por quatro anos e de ter ficado fora da Copa das Confederações do ano passado.

Mas Cheryshev aproveitou a oportunidade que surgiu a partir da lesão do meio-campista Alan Dzagoev na abertura do Mundial, e driblou dois defensores adversários dentro da área antes de acertar uma bomba para marcar o segundo gol da Rússia no jogo.

Já no final da partida ele marcou novamente, desta vez acertando um lindo chute de trivela para fazer o quarto da seleção da casa.

“Eu não poderia imaginar um dia como este em meus sonhos mais loucos. Estou feliz por ter sido capaz de ajudar minha equipe e minha família. Eles sofreram muito”, disse Cheryshev em entrevista coletiva após ser eleito o melhor em campo na partida, que marcou a maior vitória em uma abertura de Copa do Mundo desde 1954.

Cheryshev é um dos dois únicos jogadores da equipa do técnico Stanislav Cherchesov a jogar fora da Rússia, e passou a maior parte da sua vida na Espanha, tendo se mudado para a Península Ibérica quando seu pai, Dmitri, foi contratado pelo Sporting Gijon em 1996.

O jogador fez algumas poucas aparições pelo Real Madrid, e ficou marcado na história do time pelas razões erradas, depois que inadvertidamente foi responsável pela eliminação do time da Copa do Rei em 2015-16 por jogar contra o Cádiz quando estava suspenso.

Ele depois foi emprestado ao Valencia e foi submetido a provocações dos torcedores do Barcelona ​​que cantaram “Cheryshev te amamos” por seu papel em um dos episódios mais embaraçosos de seus arquirrivais na memória recente.

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