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Exame: jovens ricos perdem confiança em ações e apostam em criptomoedas

Indivíduos de 21 a 42 anos com pelo menos US$ 3 milhões em ativos não acreditam mais que um portfólio tradicional de ações irá entregar retornos acima da média e preferem criptos, informa pesquisa do Bank of America

Jovens ricos das gerações Z e millennial fazem sucesso em redes sociais como o TikTok exibindo seu patrimônio. Mas quando o assunto é a forma como multiplicam seu dinheiro através de investimentos, eles perdem cada vez mais a confiança no mercado tradicional de ações, recorrendo aos criptoativos como principal veículo de geração de riqueza.

De acordo com uma pesquisa do Bank of America, indivíduos de 21 a 42 anos com pelo menos US$ 3 milhões em ativos têm apenas um quarto de sua carteira em ações. Os mais velhos, por outro lado, possuem mais da metade investida em papéis de empresas listadas em bolsa.

Ainda que o investimento em ações seja a opção mais recomendada tradicionalmente por gestores de patrimônio, a crença de que a classe de ativos irá entregar retornos acima da média está se perdendo entre os jovens ricos.

Parte disso se dá por conta do mau momento vivenciado pelas ações e ativos de risco em geral frente à inflação recorde em todo o mundo. Em 2022, o S&P 500, índice que conta com as 500 maiores empresas listadas em bolsa dos EUA, despencou mais de 23%. O Nasdaq Composite, quase 33% no mesmo período, de acordo com dados do Yahoo Finance.

A hiperinflação nos Estados Unidos, que bate recordes dos últimos 40 anos, fez com que o banco central do país aumentasse a taxa de juro diversas vezes ao longo do ano. Medidas como esta tornam os ativos de risco menos atraentes ao investidor.

Em meio a este cenário de incerteza econômica, a confiança dos jovens com patrimônio acima de US$ 3 milhões na renda variável estaria se perdendo, de acordo com o Bank of America.

A pesquisa do banco americano entrevistou 1.052 pessoas com capacidade de investimento de mais de US$ 3 milhões.

O resultado foi que os mais jovens alocaram 15% de seu portfólio em criptomoedas. Os mais velhos, por outro lado, alocaram apenas 2%.

O resultado demonstra a crença dos mais jovens nas novas tecnologias propostas pela Web 3.0, nova fase da internet que propõe a conexão entre a web e as criptomoedas, blockchain e NFTs.

No entanto, o setor também se apresenta como uma classe de ativos de risco, e assim como as ações, tem sofrido de quedas significativas em meio ao cenário econômico mundial. O bitcoin, principal criptomoeda, opera em queda de aproximadamente 60% em 2022.

No entanto, o ativo ainda se apresenta como uma boa opção de investimento no longo prazo, superando a maioria dos principais investimentos nos últimos cinco anos, de acordo com dados da MicroStrategy.

Além das criptomoedas, o investimento em imóveis e private equity também tem chamado a atenção dos jovens, segundo a pesquisa do Bank of America. O investimento em private equity pode ser interpretado como o contrário do que é feito no mercado de ações, já que é realizado diretamente em empresas que não possuem capital aberto.

Levando em consideração a transferência de patrimônio para herdeiros, é provável que estas classes de ativos conquistem cada vez mais aportes. Segundo uma pesquisa da Cerulli Associates, os mais velhos podem transferir cerca de US$ 84 trilhões de seu patrimônio para as gerações mais novas entre 2022 e 2045.

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Por Redação

Publicado originalmente em: cutt.ly/MB26fy6

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