Brasil teve excesso de 19% nos óbitos em 2020
Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Estácio apontou que o Brasil teve um excesso de 19% nos óbitos em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. O grupo de doenças infecciosas e parasitárias foi o que mais se destacou entre as causas definidas. Também ocorreu um excesso de mortalidade por causas mal definidas. O número de óbitos esperado para o ano foi estimado considerando análise de tendência linear com o número de mortes entre os anos de 2015 e 2019. O excesso de óbito para esse período no Brasil foi de, aproximadamente, 190 mil e incluiu mortes associadas direta (devido à doença) ou indiretamente (devido ao impacto da pandemia nos sistemas de saúde e na sociedade) à covid-19. O impacto total da pandemia foi, dessa forma, possivelmente maior do que o indicado pelas mortes relatadas apenas devido ao vírus Sars-CoV-2.
Brasil é 15º em ranking de mortes por covid
O Brasil ocupa a 15ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais pela covid-19, com 3.223 mortes pela doença a cada milhão de habitantes. A lista é liderada pelo Peru, que registra 6.433 mortes por milhão. Entre os sul-americanos, Chile (19º), Paraguai (24º) e Argentina (25º) também figuram entre os maiores índices do mundo. Os EUA lideram o número absoluto de óbitos pela doença. Ao todo, foram registradas 1,06 milhão de mortes por covid no país desde fevereiro de 2020, segundo dados do Our World in Data.
Saúde não concluiu compra da vacina para crianças
Há mais de um mês, a Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer contra covid para crianças de 6 meses a 4 anos de idade. Mas ainda não há previsão de quando o Ministério da Saúde começará a imunização dessa faixa etária. Enquanto isso, os especialistas alertam que os números da covid em crianças abaixo de 5 anos continuam preocupantes. O Ministério da Saúde informou na quarta-feira (19) que, após a decisão da Anvisa, ouviu a câmara técnica de assessoramento e decidiu autorizar, de forma cautelar, a vacinação contra covid em crianças de 6 meses a 4 anos, mas só para aquelas com alguma comorbidade e que está negociando a compra da vacina.
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Vírus da varíola presente nos testículos de primatas
Assim como os humanos, primatas também são vítimas do vírus Monkeypox, causador da varíola do macaco. E foi nesses animais que cientistas do USAMRIID (Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército) dos EUA encontraram o vírus nos testículos, reforçando a possibilidade já aventada no surto atual de que a transmissão pode ocorrer também por relações sexuais. O artigo foi publicado nesta segunda-feira (17) na revista científica Nature Microbiology. Em comunicado, o autor sênior do estudo, Xiankun (Kevin) Zeng, explica os achados. “Nós detectamos o vírus da varíola do macaco em células intersticiais e túbulos seminíferos dos testículos, bem como no lúmen do epidídimo, que são os locais de produção e maturação de espermatozoides.”
Variantes rápidas e camufladas podem causar novo pico
Uma onda de novas variantes da covid-19 parece estar ganhando força a nível global, aumentando os receios de aumento de casos, sobretudo no Hemisfério Norte, que se aproxima do inverno. Nos Estados Unidos, elas são as variantes BQ.1, BQ.1.1, BF.7, BA.4.6, BA.2.75 e BA.2.75.2. Em outros países, a variante recombinante XBB tem tido um aumento rápido e, aparentemente, é a responsável por uma nova onda de casos em Singapura. Há também números crescentes na Europa, em especial no Reino Unido, onde tais variantes se fixaram.
Nunca teve covid-19? Resposta pode estar nos seus genes
A razão pela qual algumas pessoas não foram infectadas pelo vírus causador da covid-19 no período de mais de dois anos da pandemia intriga os cientistas. Pesquisadores da Universidade de Oxford investigaram como os genes podem influenciar na resposta imune do corpo e podem ter descoberto informações importantes para solucionar essa dúvida. As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Medicine no dia 13 de outubro e apontam para um gene que ajuda a gerar uma reação imunológica mais forte após as duas doses da vacina contra a covid-19 serem administradas. As pessoas que tinham o HLA-DQB1*06, uma variação do gene HLA (do inglês Human Leukocyte Antigen), tiveram uma resposta de anticorpos mais alta que as que não tem o gene. No Reino Unido, duas em cada cinco pessoas têm esse alelo, e os cientistas chegaram à conclusão de que elas são menos propensas a serem infectadas pelo SARS-CoV-2 depois de terem sido vacinadas do que as demais. Isso se daria porque o gene HLA ajuda o sistema imunológico a distinguir as proteínas do próprio corpo das proteínas que são produzidas por vírus e bactérias.