Projeto teve início em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e deve se estender para outros municípios, gerando diversos benefícios socioambientais
A empresa de energia CPFL, que atende mais de 10 milhões de clientes em 687 municípios brasileiros, tem se destacado na promoção de sua agenda ESG. Um projeto pioneiro nesse sentido está sendo realizado na cidade paulista de Indaiatuba, onde a companhia criou um Laboratório de Mobilidade Elétrica e acaba de concluir a substituição de toda a sua frota de veículos operacionais por carros e caminhões elétricos. É a primeira e, por enquanto, única experiência do gênero realizada por uma empresa de energia no país.
Com 96% de sua energia gerada de fontes renováveis, a CPFL tem a matriz energética mais sustentável do país. A companhia vem implementando um amplo plano para impulsionar a transição para uma forma mais sustentável e inteligente de produzir e consumir energia, com investimentos de R$ 1,8 bilhão previstos até 2024.
O trabalho começou há alguns anos. Desde 2007 a empresa desenvolve projetos relacionados com a eletrificação veicular, como a também pioneira instalação de postos de recarga, ou eletropostos, em rodovias que ligam a capital paulista ao município de Campinas.
Em 2020, a companhia decidiu acelerar esse trabalho, anunciando investimentos de R$ 60 milhões em iniciativas de mobilidade elétrica em quatro anos. O projeto de Indaiatuba é um deles.
A empresa investiu R$ 9,6 milhões em pesquisa e desenvolvimento e na substituição de todos os veículos a combustão por 22 veículos (incluindo caminhões VW e seus respectivos implementos), utilitários e caminhões elétricos, que exigiram o desenvolvimento de equipamentos específicos, como guindaste com cesto aéreo para elevação dos eletricistas até a rede de energia.
A CPFL também vem investindo no desenvolvimento do primeiro caminhão elétrico com PTO (power train output) 100% nacional e na compra de mais 53 veículos para pesquisas sobre seus ri scos e impactos na rede elétrica, além de outras iniciativas.
O projeto é realizado no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e conta com a parceria de institutos de pesquisa, universidades e integrantes da indústria.
Menos poluição atmosférica e sonora
Responsável pela região, o presidente da CPFL Piratininga, Carlos Zamboni Neto, conta que a mudança trouxe vários benefícios. Um dos principais foi reduzir as emissões de CO2 em 64 mil toneladas por ano. O volume equivale ao total que é extraído da atmosfera por 176 árvores adultas.
Mas ele destaca também a eliminação da poluição sonora, especialmente dos caminhões movidos a diesel. Em instalações e consertos, que costumam durar várias horas, esses veículos precisam ficar ligados o tempo todo, com o motor levemente acelerado, para gerar a energia que alimenta os equipamentos.