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Renault traça estratégias para projetos elétricos

Entre os destaques está a parceria com Google para desenvolvimento de software específico para veículos

A fabricante de automóveis francesa Renault anunciou nesta terça-feira (8) uma profunda reorganização para atrair investimentos para seus projetos elétricos, assim como outras montadoras que necessitam de bilhões de euros para a transição verde desejada pela Europa.

Uma nova unidade elétrica, batizada de Ampere, terá 10 mil funcionários na França que devem produzir cerca de um milhão de veículos elétricos da marca Renault até 2031, anunciou o grupo em um evento para investidores em Paris. A Ampere produzirá, por exemplo, os novos Renault 5 e Renault 4 elétricos, no norte da França.

Indo além do fator tecnologia nas operações do Grupo Renault, merece destaque o fato de que a empresa acredita que os veículos com motor térmico e híbridos ainda deverão representar cerca de 50% das vendas mundiais de carros de passeio até 2040. 

Renault e Google

Entre os destaques figuram também o estreitamento da parceria dos franceses com o Google para acelerar o desenvolvimento dos veículos definidos por software, na sigla em inglês SDV (Software-Defined Vehicles). 

Apontada como o caminho para o “carro do amanhã”, a tecnologia SDV é o novo foco das grandes fabricantes globais ao permitir uma série de integrações de serviços que poderão ser oferecidos ao motorista ou passageiros dos automóveis, de olho também no futuro dos carros autônomos. 

Entre outras vantagens, a tecnologia SDV, segundo detalha o Grupo Renault, “poderá reduzir os custos de desenvolvimento, melhorar a eficiência, flexibilidade e rapidez do desenvolvimento de veículos, bem como agregar valor para os usuários, graças à inovação contínua de softwares”. 

Já graças à integração com o Google Cloud, por exemplo, o gerenciamento de dados dos veículos analisados por softwares específicos permitirão, entre outras funções, sugerir aos motoristas a realização de manutenções preditivas, detectando e até retificando, se necessário, falhas do veículo quase em tempo real.

Também será possível a criação de modelos de seguros, por exemplo, baseados no uso e comportamento dos motoristas avaliados de forma real no uso cotidiano. 

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