Diante da dificuldade na obtenção de corpos, empresa desenvolveu manequins para treinamento cirúrgico em cursos de medicina
A empresa especializada na formação profissional de médicos Csanmek investiu R$ 5 milhões em seu novo projeto. Nesta semana inaugurou a primeira fábrica de de cadáveres sintéticos realísticos para treinamentos cirúrgicos do Brasil. Os modelos são utilizados como alternativa aoa corpos humanos e de animais nos cursos de medicina e veterinária, sobretudo para treinamento em técnicas cirúrgicas e aulas de anatomia.
Localizada na cidade de São Paulo, a unidade industrial conta com mais de 20 médicos, engenheiros, desenvolvedores protéticos, designers e pesquisadores. Os modelos são desenvolvidos com textura e densidade similar às estruturas anatômicas reais e contêm todos os sistemas e órgãos do corpo humano, permitindo cirurgias, dissecações, intubações e outros procedimentos.
Os protótipos contam com centenas de músculos, ossos, órgãos, veias e artérias substituíveis e sintéticas feitas a partir de materiais que imitam as propriedades mecânicas, textura e densidade do tecido vivo. “Os modelos realísticos são considerados hoje o principal método alternativo ao uso de cadáveres em salas de aulas e seguem a tendência mundial de substituir corpos humanos e uso animal em técnicas cirúrgicas pelas faculdades”, afirmou o CEO da Csanmek, Cláudio Santana.
A proposta é integrar os cadáveres sintéticos aos simuladores 3D de anatomia em quase 170 cursos de medicina humana e veterinária espalhados pelo país. O equipamento converte exames clínicos em clones digitais, possui mesa de anatomia digital e conexão com impressoras 3D para órgãos e músculos e bancadas de cirurgia e dissecação.
Segundo a companhia, a plataforma possui um sistema de integração entre hospitais e salas de aula e oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes. “Nossas tecnologias seguem a tendência mundial de trocar corpos humanos e de animais em cursos de formação médica e colaboram para o aprimoramento da formação médica e veterinária no país”, conclui Cláudio Santana.